terça-feira, 7 de setembro de 2021

Atividade Ensino Médio. O amor é valente - Bráulio Bessa


 O amor é valente  















1 Mesmo que mil tipos 
2 De ódio o mal invente, 
3 O amor, mesmo sozinho, 
4 Será sempre mais valente. 

5 Valente, forte, profundo 
   6 Capaz de mudar o mundo 
   7 Acalmar qualquer dor 
   8 Vivemos nesse conflito. 
   9 Mas confio e acredito 
   10 Na valentia do amor. 

(Bráulio Bessa)


1. Qual sentimento é tratado no texto? 

a) Traição 

b) Inveja 

c) Raiva 

d) Amor 

e) Ciúme


2. No Texto, percebemos claramente a grande capacidade que tem o amor. Que trecho comprova essa afirmação? 

a) “Mesmo que mil tipos” (. 1) 

b) “De ódio o mal invente” (. 2) 

c) “Capaz de mudar o mundo” (. 6) 

d) “Vivemos nesse conflito” (. 8) 

e) “Mas confio e acredito” (. 9)


3. No trecho “Mesmo que mil tipos / De ódio o mal invente” (. 1-2), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:

a) Ainda que 

b) Desde que 

c) Logo que 

d) Por isso que 

e) Visto que


4. No trecho “O amor, mesmo sozinho, / Será sempre mais valente” (. 3-4), o verbo destacado está no tempo futuro. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, se ele estivesse no tempo presente, como ficaria o trecho? 

a) “O amor, mesmo sozinho, / Seria sempre mais valente” 

b) “O amor, mesmo sozinho, / É sempre mais valente” 

c) “O amor, mesmo sozinho, / Foi sempre mais valente” 

d) “O amor, mesmo sozinho, / Fosse sempre mais valente” 

e) “O amor, mesmo sozinho, / Era sempre mais valente”


5. A palavra que transmite a ideia de tempo no trecho “O amor, mesmo sozinho, / Será sempre mais valente” (. 3-4) é: 

a) amor 

b) mesmo 

c) sempre 

d) sozinho 

e) valente


6. No trecho “Mas confio e acredito / Na valentia do amor ” (. 9-10), os verbos destacados encontram-se no tempo presente. De acordo com a norma-padrão, se esses verbos destacados estivessem no tempo futuro, como ficaria o trecho? 

a) “Mas confiarei e acreditarei / Na valentia do amor” 

b) “Mas confiei e acreditei / Na valentia do amor” 

c) “Mas tenho confiado e acreditado / Na valentia do amor” 

d) “Mas confiara e acreditara / Na valentia do amor” 

e) “Mas confiando e acreditando / Na valentia do amor”

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Atividade Ensino Fundamental II. Estação Café - Sérgio Capparelli

 


Estação Café

Pastéis Santa Clara 

Bem-casados com ambrosia, 

Caramelados com nozes 

E bombas de baunilha 


Senhora dona doceira, 

Me tira dessa agonia! 


Mil-folhas e broinhas, 

Com geleias e pavê, 

Fios de ovos, apfelstrudel

Maçãs flambadas, não vê? 

Qual é o doce mais doce? 

O doce mais doce? Você!


Pães de queijo, ovos moles, 

Olho de sogra, doce de abóbora 

Pingos de chuva, algodão doce, 

Doce, oh doce senhora! 


Senhora dona doceira, 

Doce aqui e agora, 

E agora, bem no fim, 

Eu recuso maria-mole, 

Mas nós dois, bem juntim, 


Agarradim, rocambole. 

(Sérgio Capparelli)


1. O poeta está em uma loja de: 

a) pães. 

b) frutas. 

c) guloseimas. 

d) alimentos naturais. 


2. No verso “Me tira dessa agonia”, o poeta se refere ao fato de: 

a) preferir os salgados. 

b) não poder comer doces. 

c) ser uma pessoa decidida. 

d) não saber o que escolher. 


3. Na terceira estrofe, o leitor descobre que o poeta: 

a) não gosta de doces. 

b) está apaixonado pela doceira. 

c) tem conhecimentos de culinária. 

d) se preocupa com o excesso de açúcar. 


4. A palavra “doce” não significa “alimento que contém açúcar” em: 

a) “Doce, oh doce senhora!” 

b) “Qual é o doce mais doce?” 

c) “Pingos de chuva, algodão doce”. 

d) “Olho de sogra, doce de abóbora”. 



sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Atividade Ensino Médio. Fragmento. Graciliano Ramos - Vidas Secas

 Vidas Secas 



Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.

- Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.  

Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava dos animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra. 

Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:

- Você é um bicho, Fabiano. 

Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades. 

Chegara naquela situação medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.

 - Um bicho, Fabiano. 

Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passar uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro. 

Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como bicho, entocara-se como bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou as quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinhá Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra. 

Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco. 

Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite. 

Deu estalo com os dedos. A cachorra Baleia, aos saltos, veio lamber-lhes as mãos grossas e cabeludas. Fabiano recebeu a carícia, enterneceu-se: 

- Você é um bicho, Baleia. 

Vivia longe dos homens, só se dava bem com os animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.

 (Graciliano Ramos)


1.  Através de elementos descritivos, o narrador estabelece a seguinte oposição:

a) Fabiano – unhas sujas. 

b) homem – cabra. 

c) homem – meninos. 

d) bicho – cabra. 

e) Fabiano – vaqueiro. 

 

2. Fabiano identifica-se com “um bicho, capaz de vencer dificuldades”. A expressão grifada tem o seu sentido contextual demonstrado na opção: 

a) Viver em condições miseráveis. 

b) Ser vitorioso diante de qualquer adversidade. 

c) Sobreviver à seca, resistir às adversidades. 

d) Enaltecer a fragilidade humana. 

e) Vencer seus conflitos psicológicos. 


3. O narrador insiste na comparação: Fabiano x bicho; com a finalidade de... 

a) demonstrar a condição humana da personagem, a pobreza e miséria. 

b) comparar o mundo racional com o irracional. 

c) realizar debates e discussões a respeito da relação do homem com o meio-ambiente. 

d) reforçar a tendência em defesa dos animais. 

e) Existem duas opções corretas. 


4. O primeiro parágrafo do texto transcrito traz uma sequência de:

a) Fatos isolados que serão entendidos pelo leitor no decorrer do texto. 

b) Palavras subjetivas que denotam a gravidade do quadro descrito. 

c) Ações encadeadas formando um quadro descritivo. 

d) Ações desencadeadas formando um quadro explicativo. 

e) Oposições e reações. 


5. Para Fabiano, ser bicho era motivo de orgulho. NÃO é causa desse orgulho, referente ao contexto: 

a) Vencer obstáculos. 

b) Resistir às dificuldades do meio ambiente.

c) Sobreviver mesmo em situações adversas.  

d) Viver em condições mínimas. 

e) Ter pés duros que quebram espinhos. 


6. O uso da vírgula na oração seguinte tem uma função específica: “- Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.” A mesma função NÃO aparece em: 

a) “- Você é um bicho, Fabiano.” 

b) “e ali estava, forte, até gordo,...” 

c) “- Um bicho, Fabiano.” 

d) “- Você é um bicho, Baleia.” 

e) “Não fique triste, Fabiano.” 


7. “Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só.” Para haver um correto entendimento do período anterior, faz-se necessária a relação adequada dos pronomes utilizados. 

Assinale a alternativa correta: 

a) Quem se conteve foram os meninos. 

b) A admiração veio de Fabiano. 

c) Os meninos ouviriam Fabiano. 

d) Fabiano ouviria os meninos. 

e) Os meninos admiravam-se. 


8. Correlacione a 1ª coluna com a 2ª considerando as circunstâncias expressas pelas palavras em destaque: 

1.“Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali.” 

2.“Sim senhor, hóspede que demorava demais,...” 

3.“Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais.” 

4.“A pé, não se aguentava bem.” 

(  ) tempo 

(  ) intensidade 

(  ) lugar 

(  ) modo 

A sequência correta é: 

a) 2, 3, 4, 1 

b) 4, 3, 2, 1 

c) 1, 3, 2, 4 

d) 1, 2, 3, 4 

e) 3, 2, 1, 4 


9. A linguagem permite que a mensagem seja construída de maneiras diversas e que detenham o mesmo sentido. A oração: “E o patrão aceitara-o,...” NÃO tem o seu significado comprometido em: 

a) Ele seria aceito pelo patrão. 

b) O patrão seria aceito. 

c) O patrão aceitara-se. 

d) Ele aceitara o patrão. 

e) Ele fora aceito pelo patrão. 


10. É importante conhecermos os radicais, porque eles nos auxiliam a descobrir o sentido de inúmeras palavras. O par de vocábulo e o significado do radical grego está correto em: 

a) Monossilábica – primeiro. 

b) Heterogâmico – outro, diferente. 

c) Ornitologia – nariz.

d) Panaceia – doença. 

e) Filosofia – estudo.


Atividade Ensino Médio. Quadrinhos para Interpretação - Mafalda

.

1. De acordo com as classes gramaticais, a palavra encontrada no terceiro quadrinho é um(a): 

a) Pronome 

b) Adjetivo 

c) Advérbio 

d) Preposição 

e) Interjeição 


2. Analise a palavra destacada abaixo: 

“Um patrão faz assim como o indicador... e três mil operários vão para a rua!”. Assinale a alternativa que NÃO apresente um sinônimo da palavra “operário”: 

a) Trabalhador 

b) Proletariado 

c) Empregado 

d) Partícipe 

e) Funcionário



1. No primeiro quadrinho, a fala da mãe indica uma ação de: 

a) reconhecimento 

b) reclamação 

c) conselho 

d) censura 

e) pedido 


2. No segundo quadrinho, a palavra “mas” introduz:

a) uma advertência 

b) uma implicância 

c) uma repreensão 

d) um provérbio 

e) um elogio 


3. No terceiro e no quarto quadrinhos, a mãe repete a palavra “nem”, que é percebida por Mafalda como:: 

a) desobediência 

b) incapacidade 

c) comparação 

d) desrespeito 

e) indefinição 


4. No quarto quadrinho, a frase interrogativa pode ser entendida como:

a) ordem 

b) espanto 

c) convite 

d) oposição 

e) deboche 


5. Na palavra criada por Mafalda, a terminação tem o seguinte sentido: 

a) direção a 

b) estudo de 

c) origem de 

d) pertencente a 

e) quantidade de


1. A escolha do modo Imperativo do verbo “experimentar”, na oração “Experimenta sair sem vestido”,    presente no 3º quadrinho, indica:

 a) um conselho.

 b) uma hipótese. 

 c) um desafio . 

 d) uma ordem.


2. Em “Se você sair na rua sem cultura, a polícia te prende?”, no 2º quadrinho, o termo em destaque pode ser classificado como:

a) palavra expletiva. 

b) conjunção subordinativa adverbial condicional. 

c) conjunção subordinativa substantiva integrante. 

d) pronome apassivador.


 3. Na oração “É triste ter que bater em alguém que tem razão”, o termo em destaque é denominado de:

 a) conjunção subordinativa substantiva integrante. 

 b) pronome interrogativo. 

 c) pronome relativo. 

 d) conjunção subordinativa adverbial consecutiva.






Atividade Ensino Fundamental II. Letra de Música. Chico Buarque e Tom Jobim - Eu te amo

 Eu te amo 



Ah, se já perdemos a noção da hora. 

Se juntos já jogamos tudo fora 

Me conta agora como hei de partir 


Se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios. 

Rompi com o mundo, queimei meus navios. 

Me diz pra onde é que inda posso ir 


Se nós nas travessuras das noites eternas 

Já confundimos tanto as nossas pernas, 

Diz com que pernas eu devo seguir 


Se entornaste a nossa sorte pelo chão 

Se na bagunça do teu coração 

Meu sangue errou de veia e se perdeu 


Como, se na desordem do armário embutido. 

Meu paletó enlaça o teu vestido 

E o meu sapato inda pisa no teu 


Como, se nos amamos feito dois pagãos. 

Teus seios inda estão em minhas mãos 

Me explica com que cara eu vou sair 


Não, acho que estás te fazendo de tonta. 

Te dei meus olhos pra tomares conta 

Agora conta como hei de partir 

(Chico Buarque e Tom Jobim) 


1. Alternativa onde todas as palavras dão nomes a seres é:

a) Noção – mundo – navios – coração – veia 

b) Teus – bagunça – feito – desordem – noites 

c) Perdemos – desvarios – mundo – noção – se 

d) Armário – paletó – vestido – sorte – sair 

e) Sorte – jogamos - sonhar – queimei – tonta


2. Alternativa que contém cinco palavras do texto que exprimem ação é: 

a) Noção – hora – agora – navios 

b) Travessuras – pernas – sorte – coração – sangue 

c) Jogamos – partir – queimei – seguir – enlaça 

d) Conhecer – ir – não – olhos – mãos 

e) Sapato – cara – amamos – fazendo – teu


3. Alternativa que contem dois artigos do texto, bem como os substantivos que eles estão determinando é: 

a) Se (juntos) – Me (conta) 

b) Te (conhecer) – Me (diz) 

c) (confundimos) As (nossas) 

d) A (noção) – O (mundo) 

e) Uma (carreira) Meu (paletó)


4. Que palavra do texto exprime uma emoção espontânea? 

a) Ah! 

b) Se 

c) Me 

d) Meu 

e) Te


5. Que alternativa contém cinco palavras invariáveis? 

a) Se – nossa – meu - teu – te 

b) Se – onde –fora – agora – com 

c) Onde – como – inda – eternas – nossas 

d) Já – ah – de – embutido – teu 

e) Dei – inda – se – pagãos – meu


6. Releia os seguintes versos:

“Te dei meus olhos pra tomares conta. Agora conta como hei de partir.” Qual a classe gramatical das palavras em destaque? 

a) Artigo e verbo respectivamente 

b) Substantivo e adjetivo respectivamente 

c) Pronome e substantivo respectivamente 

d) Substantivo e verbo respectivamente 

e) Advérbio e verbo respectivamente








quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Texto: Aprenda a chamar a polícia - Fundamental II

 Aprenda a chamar a polícia 

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. 

Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.

 Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço. 

 Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. 

 Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. 

Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para essas situações. O tiro fez um estrago danado no cara! 

Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo. 

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia. 

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: 

− Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: 

− Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

 (Luís Fernando Veríssimo)


1. Assinale a alternativa CORRETA para a Interpretação de texto. 

I- A crônica aponta que o homem teve que matar o ladrão, para a polícia prestar atendimento. 

II- A crônica acima demonstra que, o homem ficou calmo, no momento do assalto, pensando numa estratégia de convencimento para chamar a polícia. 

III- O narrador aponta que a casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, mas estava preocupado, pois não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente. 

a) Somente I, e III, estão corretas. 

b) Somente II e III, estão corretas. 

c) Todas estão corretas. 

d) Nenhuma das alternativas. 


2. Assinale a alternativa CORRETA referente a classe de palavra dos termos sublinhados. 

 “Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço”. 

a) Verbo, advérbio, pronome, substantivo. 

b) Verbo, adjetivo, pronome, adjetivo. 

c) Verbo, adjetivo, pronome, substantivo.

d) Nenhuma das alternativas. 


3. Na frase a seguir retirada do texto: 

“ Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: ” 

Os verbos sublinhados correspondem ao: 

a) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo – Pretérito imperfeito do indicativo. 

b) Pretérito Perfeito do indicativo - Pretérito Perfeito do indicativo. 

c) Presente do indicativo - Futuro do Presente do indicativo. 

d) Nenhuma das alternativas. 


4. Analise o trecho a seguir retirado do texto:

 “Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia,[..]” o vocábulo sublinhado é um substantivo: 

a) sobrecomum 

b) epiceno 

c) biforme 

d) Nenhuma das alternativas. 


5. Analise a palavra sublinhada no trecho e assinale a alternativa que apresenta palavras com a mesma classificação de acentuação: 

 “ [...] um helicóptero, uma unidade do resgate[...] ”

a) disponível, alguém, silêncio. 

b) gráfico, pêssego, possível. 

c) patético, público, farmacêutico. 

d) Nenhuma das alternativas. 

Atividade Ensino Médio. O Padeiro - Rubem Braga

 O Padeiro 



1 Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro 

2 a porta do  apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro 

3 de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não 

4 é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; 

5 acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não 

6 sei bem o que do governo. 

7 Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto 

8 tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha 

9 deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os 

10 moradores, avisava gritando: 

11 – Não é ninguém, é o padeiro! 

12 Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? 

13 “Então você não é ninguém?” 

14 Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe 

15 acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra 

16 pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a 

17 pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim 

18 ficara sabendo que não era ninguém.

19 Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis 

20 detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. 

21 Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada 

22 que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e 

23 muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda 

24 quentinho da máquina, como pão saído do forno.

25 Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante 

26 porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem 

27 assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na 

28 porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem 

29 entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” 

30 E assobiava pelas escadas. 

(Rubem Braga)


1. O texto de Rubem Braga é um(a): 

a) fábula: conta uma história curta que ilustra um preceito moral. 

b) notícia: comunica uma informação de modo simples e objetivo. 

c) artigo de opinião: apresenta argumentos favoráveis à profissão de padeiro. 

d) crônica: relata com sensibilidade fatos do cotidiano, de um ponto de vista pessoal. 


2. Ao trazer à tona as lembranças de um padeiro, Rubem Braga:

a) reflete sobre a modéstia e a simplicidade. 

b) descreve com minúcias seu tempo de mocidade. 

c) expressa sua insatisfação quanto ao trabalho noturno. 

d) critica a forma como os patrões costumam tratar seus subordinados. 


3. O enunciado “Não é ninguém, é o padeiro!” denota que “padeiro” é uma: 

a) pessoa de pouca importância. 

b) profissão sem qualquer utilidade. 

c) profissão reconhecidamente útil e alegre. 

d) pessoa alegre, sorridente, mas dada a gracejos. 


4. Rubem Braga dá provas de sua humildade em: 

a) “Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno” (linha 21). 

b) “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante” (linhas 19-20). 

c) “E às vezes me julgava importante por que no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome” (linhas 25-27). 

d) “Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno” (linhas 21-24). 


5. As reticências em “Assim ficara sabendo que não era ninguém...” (linhas 17-18) indicam: 

a) emoção excessiva. 

b) dúvida e incerteza. 

c) interrupção na oração. 

d) ideia além do que foi expresso. 


6. A locução “ainda que” (linha 20) e o advérbio “ainda” (linhas 23) estabelecem, respectivamente, relações de: 

a) restrição e tempo. 

b) concessão e tempo. 

c) restrição e intensidade. 

d) concessão e intensidade. 


7. Há relação lógico-semântica de causalidade em: 

a) “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno” (linhas 3-4). 

b) “Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro” (linhas 1-2). 

c) “Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente” (linhas 7-8). 

d) “E às vezes me julgava importante por que no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome” (linhas 25-27). 


8. Quanto às relações de sentido, é correto afirmar que: 

a) “abluções” (linha 1) significa “reflexões”. 

b) a preposição “para” (linha 9) indica direção. 

c) o advérbio “assim” (linha 17) expressa modo. 

d) a locução “de resto” (linha 3) anuncia uma transição do pensamento. 


9. As ideias e a correção textual não seriam respeitadas, caso se substituísse: 

a) “obrigando” (linha 5) por “se obrigarem”. 

b) “vou me lembrando” (linha 8) por “recordo de”. 

c) “quase sempre” (linha 22) por “ininterruptamente”. 

d) “No mesmo instante” (linha 2) por “imediatamente”. 


10. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, é falso afirmar que: 

a) as aspas em “Então você não é ninguém?” (linha 13) sinalizam discurso direto. 

b) a vírgula é desnecessária em “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo” (linha 19). 

c) o ponto de exclamação em “Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo!” (linha 25) marca a emoção do autor ao voltar-se para o passado. 

d) não haveria prejuízo do sentido e da correção, se as vírgulas fossem suprimidas em “Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno” (linha 21).

Charges para Interpretação - Ensino Médio

 Leia o Texto para responder às questões 01 e 02. 1.  Da leitura da linguagem verbal e não verbal, infere-se que o objetivo da charge é: a) ...