quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Atividade Ensino Fundamental II. Letra de Música. Djavan - Sorri

Sorri 

 









Sorri

Quando a dor te torturar 

E a saudade atormentar 

Os teus dias tristonhos, vazios


Sorri 

Quando tudo terminar 

Quando nada mais restar 

Do teu sonho encantador 



Sorri

Quando o sol perder a luz

E sentires uma cruz 

Nos teus ombros cansados, doloridos 



Sorri 

Vai mentindo a tua dor

E ao notar que tu sorris 

Todo mundo irá supor

Que és feliz

(Djavan)



1. De acordo com o texto, se sorrirmos nos momentos difíceis.

a) nossos sofrimentos terão fim. 

b) não deixaremos que percebam nossa dor. 

c) as pessoas procurarão nos ajudar. 

d) daremos aos outros uma prova de amizade. 

e) modificaremos a vida dos menos felizes.


2. Assinale a alternativa em que a segunda palavra adjetiva a primeira.

a) sonho encantador. 

b) todo mundo. 

c) teus dias. 

d) nada mais. 

e) uma cruz.


3. No verso – Quando tudo terminar... – a palavra destacada tem sentido de: 

a) comparação. 

b) adição. 

c) explicação. 

d) tempo. 

e) conclusão.




Atividade 6º Ano. Estatuto da Criança e do Adolescente






Direitos da Criança e do Adolescente

 Toda criança e o adolescente têm direito à proteção e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas.

 Toda criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas.

 Toda criança e o adolescente têm direito a ser criado e ser educado no seio de sua família.

 Toda criança e o adolescente têm direito à educação. Visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa.

 Toda criança e o adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos como adequados a sua faixa etária.

(Texto adaptado do ECA/CEDCA-GO: 2002)


1. Usando o termo"Toda" no início de cada frase, o texto:

a) Enfatiza a ideia de universalidade.

b) Estabelece independência com o termo "criança".

c) Estabelece maior vínculo com o leitor.

d) Faz uma repetição sem necessidade.


2. Pesquise e responda;

a) O que significa a sigla ECA?

Estatuto da Criança e do Adolescente.

b) Você tem esses direitos apresentados na imagem acima? Quais?

Resposta pessoal.

c) O que é Conselho Tutelar?

É um órgão do município que tem como principal função zelar pelos direitos da criança e do adolescente.

d) De acordo com o ECA, até quando somos crianças? E quando nos tornamos adolescentes?

Considera-se criança, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade incompletos.


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Atividade Ensino Fundamental II. Cidadezinha Qualquer - Carlos Drummond de Andrade










Cidadezinha Qualquer 

Casas entre bananeiras 

mulheres entre laranjeiras 

pomar amor contar 


Um homem vai devagar 

Um cachorro vai devagar 

Um burro vai devagar 

Devagar... as janelas olham 


Eta vida besta, meu Deus. 

(Carlos Drummond de Andrade)


1Dentre as alternativas abaixo, a que NÃO corresponde ao texto é: 

 a) evidencia o sossego de uma cidade do interior. 

 b) mostra a rotina de uma cidade pequena. 

 c) aborda a mesmice do dia a dia da cidade. 

 d) revela uma observação do poeta. 

 e) mostra o quanto a cidade é populosa


 2. O terceiro verso “pomar amor contar” resume: 

 a) a vida inquietante da cidade. 

 b) o ritmo frenético do interior. 

 c) a simplicidade da vida interiorana.

 d) o gosto pela plantação de frutíferas.

 e) a vida dos que contam histórias.


3. “Um homem vai devagar 

      Um cachorro vai devagar 

      Um burro vai devagar” 


 Estes versos retratam: 

a) o abandono dos animais na rua da cidade. 

b) a morosidade com que a vida se desenvolve. 

c) o desamparo em que vivem as pessoas de rua.

d) a comparação do homem aos animais na rua. 

e) o fato de as mulheres não se apresentarem.


4. No último verso do poema, o poeta manifesta um sentimento de:

 a) censura. 

 b) indignação. 

 c) satisfação. 

 d) tristeza.

 e) júbilo.


5. No trecho “...vida besta, meu Deus!”, a palavra em destaque pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por: 

a) boa.

b) fácil. 

c) dura. 

d) tola. 

e) cruel.


6. Pela leitura do texto, pode-se afirmar que: 

I. O título representa a síntese do poema. 

II. O termo qualquer é um pronome indefinido. 

III. O termo devagar que aparece em 4 versos é um adjetivo. 

IV. Em “...as janelas olham”, o poeta se referia às pessoas que espiavam da janela. 

Estão corretas apenas as afirmativas:

 a) I,II,III 

 b) III,IV 

 c) I,II,IV 

 d) I,III,IV 

 e) II,III


7. No verso “pomar amor contar”, tem-se, respectivamente, as seguintes classes gramaticais: 

 a) verbo – substantivo – verbo.

 b) substantivo – adjetivo – verbo. 

 c) advérbio – adjetivo – substantivo. 

 d) adjetivo – advérbio – adjetivo.

 e) substantivo – substantivo – verbo.


8. Em “Um homem, um cachorro, um burro andam devagar.”, o tipo de sujeito nesta oração é:

 a) simples. 

 b) composto.

 c) implícito. 

 d) indeterminado. 

 e) oração sem sujeito.


9. Das alternativas abaixo, a que apresenta um par de palavras com dígrafo é:

 a) lixo – cachorro.

 b) bicho – presa.

 c) qualquer – burro. 

 d) obstáculo – olham.

 e) mulheres – cabresto.


10. No último verso do poema, a palavra ETA tem o seguinte valor gramatical: 

a) preposição. 

b) interjeição. 

c) advérbio. 

d) pronome.

e) numeral.

Atividade Ensino Fundamental II. Poema. Mário Quintana - Esperança


  









Esperança 

 Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
 Vive uma louca chamada Esperança 
 E ela pensa que quando todas as sirenes 
 Todas as buzinas
 Todos os reco-recos tocarem
 Atira-se

 E
- ó delicioso voo! 
 Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
 Outra vez criança... 
 E em torno dela indagará o povo:
 - Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? 
 E ela lhes dirá
 (É preciso dizer-lhes tudo de novo!) 
 Ela lhes dirá bem devagarzinho, para que não esqueçam: 
 - O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... 

(Mário Quintana)


1.  Analise as proposições abaixo, relacionadas ao poema acima e assinale a alternativa CORRETA:

 I - O poema se refere à época de fim de ano, quando por exemplo, o autor compara o mês de dezembro  ao “décimo segundo andar do Ano”. 

II - Há um erro de separação silábica no último verso do poema, na palavra esperança. 

III - No texto, a palavra esperança é um substantivo abstrato. 

a) Estão corretas apenas a I e a II 

b) Estão corretas apenas a I e a III

c) Estão corretas apenas a II e a III 

d) Está correta apenas a I 

e) Está correta apenas a III


2. Marque ( V ) para verdadeiro ou ( F ) para falso em relação ao poema de Mário Quintana e assinale a sequência CORRETA: 

(___) Podemos relacionar a Esperança à época de fim de ano, quando as pessoas costumam ficar mais esperançosas com a chegada de um tempo novo. 

(___) No poema, a palavra esperança está personificada. 

(___) No texto, a palavra esperança deixa de ser um sentimento e passa a ser uma pessoa. 

(___) A última palavra do texto é classificada como proparoxítona.

 a) V – V – F – V 

 b) V – V – V – F 

 c) V – V – V – V 

 d) F – V – V – F

 e) F – F – V – V


3. “Ela será encontrada miraculosamente...” A palavra destacada é classificada como: 

a) Verbo 

b) Substantivo abstrato 

c) Advérbio 

d) Conjunção 

e) Preposição 


4. Assinale a alternativa que substitui, sem prejuízo de sentido, a palavra destacada no trecho: “Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada...”

 a) Lesado

 b) Inteligente

 c) Rápido 

 d) Doente

 e) Intacto 


 5. Analise as sentenças abaixo e assinale a alternativa CORRETA: 

 I - No poema temos três palavras proparoxítonas. 

 II - O tempo verbal predominante dos segundo e terceiro versos é o pretérito perfeito do indicativo.

 III - A separação silábica correta da palavra delicioso é: de-li-ci-o-so. 

 a) Apenas a I está correta

 b) Apenas a II está correta 

 c) Apenas a III está correta

 d) Todas estão corretas 

 e) Todas estão incorretas


 6. Assinale das palavras abaixo aquela que foi acentuada pela mesma regra da palavra indagará,   presente no texto:

a) Parabéns 

b) Frágil 

c) Máquina 

d) Maquiavélico 

e) Amável


7. O tempo e modo do verbo em “Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada” é: 

a) Presente do indicativo 

b) Futuro do presente do indicativo

c) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 

d) Futuro do subjuntivo 

e) Futuro do pretérito do subjuntivo


8. Passando-se a frase: “E em torno dela indagará o povo”, para o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, temos:

 a) E em torno dela indagara o povo.  

 b) E em torno dela indaga o povo.

 c) E em torno dela indagaria o povo. 

 d) E em torno dela indagou o povo.

 e) E em torno dela indagava o povo

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Atividade Fundamental II. Letra de Música. Roberto Carlos - O Calhambeque



O calhambeque 

1 Mandei meu Cadillac 

2 Pr'o mecânico outro dia 

3 Pois há muito tempo 

4 Um conserto ele pedia 

5 E como vou viver 

6 Sem um carango pra correr 

7 Meu Cadillac, bi-bi 

8 Quero consertar meu

9 Cadillac Bi bidhu! 

10 Bidhubidhubidubi!... 


11 Com muita paciência 

12 O rapaz me ofereceu 

13 Um carro todo velho 

14 Que por lá apareceu 

15 Enquanto o Cadillac 

16 Consertava eu usava 

17 O calhambeque, bi-bi 

18 Quero buzinar o calhambeque 

19 Bi bidhu! Bidhubidhubidubi!... 


20 Saí da oficina 

21 Um pouquinho desolado 

22 Confesso que estava 

23 Até um pouco envergonhado 

24 Olhando para o lado 

25 Com a cara de malvado 

26 O calhambeque, bi-bi

27 Buzinei assim o calhambeque 

29 Bi bidhu! Bidhubidhubidubi!..

(Roberto Carlos)


1De acordo com as ideias do texto, é correto afirmar que:

a) o Cadillac foi levado à oficina sem que precisasse de conserto. 

b) o proprietário do Cadillac saiu da oficina muito triste. 

c) o proprietário do Cadillac sentiu tristeza e vergonha por dirigir o Calhambeque. 

d) o Calhambeque olhava com cara de malvado para o mecânico. 

e) o mecânico demonstrou indiferença à situação vivida pelo proprietário do Cadillac.


2. Conforme o sentido em que foi empregado no texto, a palavra “calhambeque” equivale a carro: 

a) usado e alugado. 

b) velho e conservado. 

c) novo, mas sem acessórios de luxo. 

d) velho, mas com acessórios de luxo. 

e) velho e sem prestígio social. 


3. Assinale a alternativa que apresenta a grafia correta, com preservação do sentido original, de palavra ou expressão substitutiva para a conjunção “Pois”, empregada no verso 3. 

a) Por que 

b) Porque 

c) Porquê 

d) Por quê 

e) Pôr que 


4. Assinale a alternativa que apresenta, de acordo com as regras de concordância verbal, uma nova redação para o verso 3. 

a) Pois faz muitos anos. 

b) Pois fazem muitos anos. 

c) Pois passou-se muitos anos. 

d) Pois devem haver muitos anos. 

e) Pois já passou muitos anos. 


segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Atividade 6º Ano. Lenda. As lágrimas de Potira




 As lágrimas de Potira  


Quando os homens ainda não tinham diamantes, viveu na floresta um casal de índios: Itagibá, que significa braço forte, e Potira, flor. Viviam os dois felizes, até que um dia Itagibá teve de partir para a guerra. 

Potira ficou triste e acompanhou, com o olhar, a canoa do marido sumir na curva do rio. O tempo foi passando e nada de Itagibá voltar. 

Quando veio a notícia de que ele tinha morrido, Potira foi para a beira do rio e começou a chorar, passando o resto da vida assim, com suas lágrimas espalhando-se pela areia das praias. Tupã, o grande senhor dos céus, teve pena e fez com que as lágrimas dela se transformassem em diamantes. Por isso é que eles brilham e encantam como lágrima de mulher. 

(Fonte: O grande livro do folclore)



1De acordo com o texto, a felicidade de Itagibá e Potira foi interrompida 

a) pelo grande senhor dos céus. 

b) pelas lágrimas de Potira. 

c) pela morte de Itagibá. 

d) pelo tempo que passou, sem nada mudar.


2. Na frase – Por isso é que eles brilham e encantam como lágrima de mulher. – a palavra eles refere-se aos:

a) homens. 

b) diamantes. 

c) índios. 

d) céus.


3. Assinale a alternativa que apresenta a palavra com o mesmo significado de encantam no final do texto. 

a) quebram. 

b) umedecem. 

c) caem. 

d) cativam.


4. Assinale a alternativa que corresponde às características do gênero lendas. 

a) Narrativas originárias de fatos que se misturam com ficção, passadas de geração a geração. 

b) Narrativa cotidiana que são publicadas periodicamente. 

c) Narrativas de origem grega de ficção que relacionam o mundo e os fenômenos da natureza. 

d) Nenhuma das alternativas. 




 

Atividade 6º Ano. Conto. Hans Cristian Andersen - O Patinho Feio






O Patinho Feio 

Era verão quando nasceu o Patinho Feio. Surgiu de dentro de um ovo tão grande que todos pensaram tratar-se de um ovo de peru que por acaso caíra num ninho de pata. 

– Que pato mais feio! – ouvia ele quando sua mãe o levava pelo quintal. As outras aves riam, caçoavam de seu tamanho e tentavam bicá-lo. 

O Patinho Feio sentia-se tão infeliz e malquisto que resolveu fugir. Atravessou os campos e encontrou alguns patos selvagens. Eles também o achavam feio, mas aceitaram sua companhia, contanto que ele jamais se casasse com uma pata selvagem. Porém, ele não queria se casar, desejava apenas um lugar para ficar. Decidiu partir novamente, aceitando um convite dos gansos que o chamaram para voar. 

Mas antes que o Patinho Feio alçasse voo, seus novos amigos foram mortos por caçadores e ele se viu só mais uma vez. 

No final do outono, o Patinho Feio foi parar na casa de uma camponesa. E de novo foi obrigado a partir. A camponesa desejava uma pata que botasse ovos e não um patinho desengonçado como ele. 

Durante o frio do inverno, o Patinho Feio, solitário e desamparado, quase morreu, mas foi salvo por um camponês e sua família, só que aquele também não se tornaria seu lar, porque os filhos do camponês nunca paravam de atormentá-lo. 

Quando chegou a primavera, cansado e triste, o Patinho Feio avistou as aves mais lindas que já encontrara na vida. Eram cisnes que nadavam num rio. Aproximou-se e, pela primeira vez, olhou para as águas e viu seu reflexo. Descobriu que era um cisne como eles. Por um instante lembrou-se do tempo em que era maltratado e perseguido. Então, moveu as asas que brilhavam sob o sol e, também pela primeira vez, sentiu-se feliz. 

(Hans Christian Andersen).


1. O Patinho Feio surgiu de um grande ovo que todos pensavam ser um ovo de: 

a) ganso. 

b) cisne. 

c) peru. 

d) pato-selvagem. 


2. O Patinho Feio passou por muitos lugares, conheceu muitos animais e pessoas, mas nunca se sentia feliz, até avistar os cisnes, pois o que ele queria mesmo encontrar era:

a) uma companhia para casar. 

b) um lugar para viver. 

c) um bando de aves para voar. 

d) uma mãe para lhe ensinar a voar.


3. A história acontece durante as quatro estações do ano. Assinale a alternativa correta de acordo com a estação do ano e o acontecimento vivido pelo Patinho Feio. 

a) Nasceu no outono e conheceu os gansos no verão. 

b) Nasceu na primavera e foi para a casa da camponesa no outono. 

c) Nasceu no inverno e foi acolhido pelo camponês na primavera. 

d) Nasceu no verão e encontrou os cisnes na primavera. 


4. Na frase: – Durante o frio do inverno, o Patinho Feio, solitário e desamparado, quase morreu... Assinale a alternativa que apresenta as palavras que têm, respectivamente, os mesmos sentidos das palavras em destaque. 

a) desacompanhado, abandonado. 

b) frustrado, abatido. 

c) abatido, rejeitado. 

d) perturbado, desequilibrado. 


5. O Patinho Feio sentiu-se feliz pela primeira vez quando:

a) viu o reflexo dos cisnes nas águas do rio. 

b) lembrou-se do tempo em que era maltratado e perseguido. 

c) olhou seu reflexo nas águas do rio e descobriu sua identidade. 

d) viu o brilho do sol sob suas asas.















Atividade Ensino Médio. Boi no Asfalto - Luiz Guerra

  Boi no Asfalto 



Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi.

Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa, e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos. Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema panfletário?

Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre marcado por esse poderoso símbolo de resistência.

 Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho caderno com o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha própria estrela. 

(Luiz Guerra)



 1. De acordo com o texto, o autor

 a) procurou, com a metáfora do boi, um animal rural, mostrar sua inadequação à   modernidade, impotente para satisfazê-lo em seus anseios mais profundos. 

 b) usou, ainda que sem a autorização de Guimarães Rosa, um de seus personagens como   protagonista de um poema de caráter comercial. 

 c) compôs um poema para sua namorada, mostrando toda sua angústia e descontentamento   em relação  às injustiças praticadas contra os animais. 

 d) queria, por mais inusitado que fosse para a temática política, incluir um boi em seu   poema, que refletisse seu posicionamento alheio a toda ordem preestabelecida.

 e) escrevia textos de cunho político, ainda que o tom panfletário vez e outra interferisse em   seus objetivos iniciais, que eram agradar a seus amigos militantes.


2. Com respeito ao gênero, é correto afirmar que o texto acima é 

 a) um poema em prosa, visto que se pauta pelo uso recorrente de metáforas e de linguagem   melodiosa.

 b) uma crônica, por trazer reflexão sobre um momento histórico com uso de linguagem   coloquial.

 c) um conto, por trazer um enredo sucinto, cuja ação, com início, meio e fim, ocorre em   uma realidade   fabulística. 

 d) uma crônica, por dar voz a animais, inseridos em uma ambientação puramente ficcional. 

 e) um conto, por inserir, no relato imaginário de um boi, elementos da vida particular do   autor. 


3. Mantendo-se o sentido em ... sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante... (3o parágrafo), o segmento sublinhado pode ser corretamente substituído por 

 a) a encontrar apenas

 b) não encontrando somente 

 c) mesmo de encontro com 

 d) a encontrar todavia 

 e) sem que se encontrasse


domingo, 1 de agosto de 2021

Atividade Ensino Fundamental II. Fábula - O Cavalo e o seu Cuidador

 

O Cavalo e o seu Cuidador 

Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar horas, e às vezes dias inteiros, limpando e escovando o pelo de um cavalo que estava sob seus cuidados. 

Agindo assim, passava para todos a impressão de que era gentil para com o animal, que se preocupava com o seu bem estar. 

Entretanto, ao mesmo tempo que o acariciava diante de todos, sem que ninguém suspeitasse, roubava a maior parte dos grãos de aveia destinados a alimentar o pobre animal, e os vendia às escondidas para obter lucro. 

Então o cavalo se volta para ele e diz: 

"Acho apenas que se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais..." 

 (Esopo)


1. Toda fábula tem uma mensagem moral; nesse caso, o que essa fábula condena é: 

a) a hipocrisia; 

b) a crueldade; 

c) a maldade; 

d) a ganância; 

e) a desonestidade. 


2. O vocábulo abaixo que mostra mais consoantes que vogais é: 

a) zeloso; 

b) empregado; 

c) inteiros; 

d) acariciava;

e) animal.


3. Na fábula lida, a palavra “Cuidador” é iniciada por letra maiúscula porque: 

a) está no início de uma frase; 

b) trata-se de um nome próprio; 

c) é palavra importante no texto; 

d) faz parte de um título; 

e) designa uma pessoa. 


4. O vocábulo abaixo que contém um dígrafo é: 

a) zeloso; 

b) cocheira;

c) animal; 

d) estar; 

e) pobre.


5. “Agindo assim...”, nesse segmento, o termo sublinhado indica: 

a) tempo; 

b) lugar; 

c) finalidade; 

d) conclusão; 

e) modo. 


6. Cada parágrafo do texto termina por: 

a) ponto final; 

b) ponto continuativo; 

c) dois pontos; 

d) ponto-e-vírgula; 

e) ponto de exclamação. 


7.  A palavra abaixo que pertence ao gênero masculino é: 

a) cocheira; 

b) impressão; 

c) condição; 

d) cuidador; 

e) aveia. 


8. O último parágrafo do texto está entre aspas porque: 

a) se trata de uma parte importante da história; 

b) marca a fala de alguém; 

c) é a parte final do texto; 

d) se refere a um fato impossível; 

e) destaca a fala do autor do texto. 


9. “Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar horas, e às vezes dias inteiros, limpando e escovando o pelo de um cavalo que estava sob seus cuidados.” Nesse segmento inicial do texto, o que representa um exagero é que: 

a) o empregado fosse zeloso com o animal; 

b) o cuidador levasse horas para escovar o animal; 

c) o empregado passasse dias inteiros escovando o animal; 

d) o cuidador ficasse todos os dias na cocheira; 

e) o empregado cuidasse bem do cavalo. 


10. O texto, no primeiro parágrafo, fala de um “cavalo”; na sequência do texto, fala de um “animal”, substituindo o primeiro nome (cavalo) por um termo geral (animal). A opção abaixo que mostra uma relação semelhante é: 

a) cavalo / égua; 

b) cuidador / tratador; 

c) cocheira / lugar; 

d) grãos / aveia; 

e) dias / horas.


11. “Agindo assim, passava para todos a impressão de que era gentil para com o animal, que se preocupava com o seu bem estar.” Nesse parágrafo do texto, o sinônimo adequado para “gentil” é: 

a) grosseiro; 

b) descuidado; 

c) bondoso; 

d) higiênico; 

e) delicado. 


12. O ato que marca a desonestidade do cuidador, por prática de roubo, é: 

a) fingir que cuida bem do cavalo; 

b) passar horas e dias escovando o animal; 

c) vender os grãos de aveia para ganhar dinheiro; 

d) modificar a alimentação do animal; 

e) mostrar-se atencioso e gentil. 


13.  A opção abaixo que mostra um conjunto de duas palavras de classes diferentes das demais é: 

a) zeloso empregado; 

b) pobre animal; 

c) boas condições; 

d) dias inteiros; 

e) tratar bem. 


14. “e os vendia às escondidas para obter lucro”; a expressão “vender às escondidas” significa que o cuidador de cavalo: 

a) vendia os grãos sem que ninguém soubesse; 

b) vendia a aveia pela metade do preço; 

c) roubava os grãos de aveia durante a noite; 

d) comercializava a aveia com amigos; 

e) distribuía a aveia pelos mais pobres. 


15. “para obter lucro”; se substituíssemos a forma “obter” por uma forma desenvolvida, a forma correta seria: 

a) para que obtenha lucro; 

b) para que obtivesse lucro; 

c) para que obteve lucro; 

d) para que obtém lucro; 

e) para que obtinha lucro. 


16. O autor do texto chama o cavalo de “pobre animal” porque: 

a) não é bem alimentado pelo cuidador; 

b) sofre maus-tratos físicos; 

c) padece de doença grave; 

d) vive sozinho na cocheira; 

e) passa o dia inteiro trancado.


17. “e os vendia às escondidas para obter lucro”; o sinônimo correto do termo sublinhado é: 

a) sem; 

b) apesar de; 

c) a fim de; 

d) e; 

e) porém.


18. Observe a imagem abaixo.


Essa figura serviria de ilustração para a seguinte frase do texto: 

a) “Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar horas, e às vezes dias inteiros, limpando e escovando o pelo de um cavalo...”; 

b) “Agindo assim, passava para todos a impressão de que era gentil para com o animal...”;

c) “Entretanto, ao mesmo tempo que o acariciava diante de todos, sem que ninguém suspeitasse, roubava a maior parte dos grãos de aveia...”; 

d) “e os vendia às escondidas para obter lucro.”; 

e) “Acho apenas que se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais...”. 


19. “Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar horas, e às vezes dias inteiros, limpando e escovando o pelo de um cavalo que estava sob seus cuidados.” Nesse segmento do texto, o termo “que” se refere a: 

a) um zeloso empregado; 

b) cocheira; 

c) dias; 

d) pelo; 

e) cavalo.


20. “Agindo assim, passava para todos a impressão de que era gentil para com o animal, que se preocupava com o seu bem estar”. Nesse segmento, o pronome “todos” se refere aos: 

a) leitores do texto; 

b) que viam a ação do cuidador; 

c) demais cavalos da cocheira; 

d) outros cuidadores de cavalos; 

e) compradores da aveia roubada.


Charges para Interpretação - Ensino Médio

 Leia o Texto para responder às questões 01 e 02. 1.  Da leitura da linguagem verbal e não verbal, infere-se que o objetivo da charge é: a) ...