Viver só pode ser uma simples questão de
opção. Nesse caso a solidão é quase sempre
uma boa aliada. Experimentar esses
momentos funciona como um importante
recurso para o autoconhecimento e a
reflexão.
Mas agora a ciência descobriu que
em algumas pessoas o sentimento de
isolamento pode ser um detonador de sérios
problemas de saúde. Nesses indivíduos, os
efeitos negativos da solidão parecem estar
determinados já no DNA, o material genético
de cada um.
(Fonte: Revista Isto É)
1. A “doença da solidão”, segundo o título:
a) atinge as pessoas que preferiram a
solidão por opção;
b) é uma boa aliada do
autoconhecimento;
c) é consequência possível do
isolamento de alguns;
d) incomoda todas as pessoas,
indistintamente;
e) é um recurso que pode auxiliar na
reflexão das pessoas.
2. Na frase “Viver só pode ser uma simples
questão de opção” há um problema de
construção, que é:
a) um erro de concordância verbal;
b) um mau emprego de tempo verbal;
c) uma utilização inadequada do adjetivo
“simples”;
d) uma dupla possibilidade de sentido,
conforme a leitura;
e) uma grafia errada de um vocábulo.
3. Ainda na frase “Viver só pode ser uma
simples questão de opção”, o adjetivo
“simples” tem por sinônimo adequado o
vocábulo:
a) mera;
b) descomplicada;
c) fácil;
d) isolada;
e) única.
4. A alternativa em que o vocábulo SÓ tem
o mesmo significado que na frase inicial
do texto, é:
a) Nem todos vivem só para comer;
b) O que se sente só vive triste;
c) Só os que curtem a solidão preferem
viver isolados;
d) A verdade é que só os solitários
sabem o que é a solidão;
e) Nunca se sabe se só ele virá.
5. “Nesse caso a solidão é quase sempre
uma boa aliada.”; a expressão “nesse
caso” estabelece coesão com o período
anterior e se refere ao caso de:
a) viver só por opção;
b) não ter outra opção de viver;
c) não conseguir viver acompanhado;
d) viver isolado dos demais;
e) sofrer por causa da solidão.
6. O vocábulo em que o elemento AUT(O)
tem significado diferente do que possui
em “autoconhecimento” é:
a) autarquia;
b) autônomo;
c) autódromo;
d) autocontrole;
e) autogestão.
7.“Nesses indivíduos, os efeitos negativos
da solidão parecem estar determinados já
no DNA, o material genético de cada um”;
o comentário incorreto sobre os
componentes desse segmento do texto é:
a) “efeitos negativos” é o antônimo de
“efeitos positivos”;
b) os “efeitos negativos” se referem a
“sérios problemas de saúde”;
c) “parecem estar” não mostra uma
certeza sobre o que é afirmado;
d) “da solidão” mostra a causa dos
“efeitos negativos”;
e) “material genético de cada um” justifica
as letras da sigla DNA.
8. A alternativa em que a correspondência
entre adjetivo e substantivo está errada é:
a) simples – simplicidade;
b) importante – importação;
c) sérios – seriedade;
d) negativos – negativismo;
e) genético – genética.
9. “...os sentimentos de solidão parecem
estar determinados...”; a alternativa em
que a concordância verbal dessa mesma
construção está errada é:
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento.
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia.
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
Que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade)
1. Depreende-se do texto que:
a) O termo quadrilha associa-se mais ao comportamento de Lili, que se casa com J.
Pinto Fernandes apenas por interesse, que ao desencontro amoroso vivido pelas
outras personagens.
b) Enquanto o destino das mulheres é o casamento, o dos homens é a liberdade, pois
essa era a realidade da época em que o poema foi escrito.
c) O eu lírico não acreditava na felicidade que poderia provir de um casamento e
apenas o encara como uma mera convenção social.
d) O desencontro amoroso entre os pares, nos três primeiros versos, é reforçado pela
ação verbal no pretérito perfeito.
e) O desentendimento entre as personagens desse poema faz alusão à troca de
pares durante a dança; no entanto, é possível perceber que o termo quadrilha
relaciona-se no poema com o mesmo valor semântico de “bando de malfeitores”.
2. Qual a visão do poeta em relação ao relacionamento amoroso?
a)Crítica
b)Irônica
c)Trágica
d) Fantasiosa
e) e) Assustadora
Bilhete ao futuro
Bela ideia essa de Cristóvam Buarque, ex-reitor da Universidade de Brasília e ex-ministro da Educação, de pedir às pessoas do nosso país que escrevessem um “bilhete ao futuro”. O projeto teve a intenção de recolher, no final dos anos 80, no século passado, uma série de mensagens que seriam abertas em 2089, nas quais os brasileiros expressariam suas esperanças e perplexidades diante do tumultuado presente do fabuloso futuro.
Oportuníssima e fecunda ideia. Ela nos colocou de frente ao século XXI, nos incitou a liquidar de vez o século XX e a sair da hipocondria político-social. Pensar o futuro sempre será um exercício de vida. O que projetar para amanhã? (…)
(Affonso Romano de Sant’Anna)
1. Referente ao texto acima assinale a alternativa CORRETA quanto a tipologia textual :
A rês estava quase esfolada. A cabeça inchada não tinha chifres. Só dois ocos podres, malcheirosos, donde escorria uma água purulenta.
Encostando-se ao tronco, Chico Bento se dirigiu aos esfoladores:
– De que morreu essa novilha, se não é da minha conta?
Um dos homens levantou-se, com a faca escorrendo sangue, as mãos tintas de vermelho, um fartum sangrento envolvendo-o todo:
– De mal-dos-chifres. Nós já achamos ela doente. E vamos aproveitar, mode não dar para os urubus.
Chico Bento cuspiu longe, enjoado:
– E vosmecês têm coragem de comer isso? Me ripuna só de olhar...
O outro explicou calmanente:
– Faz dois dias que a gente não bota um de-comer de panela na boca...
Chico Bento alargou os braços, num grande gesto de fraternidade:
– Por isso não! Aí nas cargas eu tenho um resto de criação salgada que dá para nós. Rebolem essa porqueira pros urubus, que já é deles! Eu vou lá deixar um cristão comer bicho podre de mal, tendo um bocado no meu surrão!
Realmente a vaca já fedia, por causa da doença.
Toda descamada, formando um grande bloco sangrento, era uma festa para os urubus vê-la, lá de cima, lá da frieza mesquinha das nuvens. E para comemorar o achado executavam no ar grandes rondas festivas, negrejando as asas pretas em espirais descendentes.
E o bode sumiu-se todo...
Cordulina assustou-se:
– Chico, que é que se come amanhã?
A generosidade matuta que vem na massa do sangue, e florescia no altruísmo singelo de vaqueiro, não se perturbou:
– Sei lá! Deus ajuda! Eu é que não havera de deixar esses desgraçados roerem osso podre...
(Rachel de Queiroz)
1. Marque a opção em que o significado da palavra destacada está INCORRETO:
a) A rês/cabeça de gado estava quase esfolada.
b) ... donde escorria uma água purulenta/podre.
c) ... um fartum/fedor sangrento envolvendo-o todo:
d) mode/talvez não dar para os urubus.
e) ... tendo um bocado no meu surrão/bolsa de couro.
2. “... num gesto de fraternidade”. Este trecho mostra que Chico Bento era um homem:
a) fraco
b) submisso
c) pobre
d) solitário
e) amigo
3. A resposta de Chico Bento à pergunta: “– Chico, que é que se come amanhã”, demonstra:
a) Fé
b) Preocupação
c) Ansiedade
d) Egoísmo
e) Dúvida
4. O texto mostra uma situação através de:
a) uma poesia
b) uma notícia
c) um diálogo
d) sugestões
e) um debate comentado
5. Quando Chico Bento ofereceu comida aos homens que esfolavam a rês, eles tiveram a seguinte reação:
a) Rejeitaram a comida.
b) Aceitaram a comida, mas com algumas condições.
c) Sentiram-se humilhados.
d) Ficaram envergonhados.
e) Aceitaram a comida.
6. “Realmente a vaca já fedia, por causa da doença”. A expressão grifada indica:
a) adjunto adverbial
b) complemento nominal
c) sujeito
d) objeto direto
e) objeto indireto
7. “... um fartum, sangrento envolvendo-o todo:” O termo grifado na frase faz referência a(ao):
a) fartum sangramento
b) um dos homens
c) a faca
d) sangue
e) mãos tintas de vermelho
8. O trecho que indica o tipo de carne que Chico repartiu com os outros retirantes é:
a) “E o bode sumiu-se todo...”
b) “Cordulina assustou-se:”
c) “... tenho um resto de criação salgada...”
d) “... tendo um bocado no meu surrão!”
e) “... formando um grande bloco sangrento,...”
9. “– Chico, que é que se come amanhã?” Marque a opção em que a vírgula foi usada pelo mesmo motivo que na frase anterior:
a) – Homem, não vê que preciso da sua ajuda?
b) Gosto de ver o sol nascer, o mar, e o vento movimentando as folhas.
c) Hoje em dia, os costumes são outros.
d) Guilherme, o presidente, disse que aceitava.
e) Aqui estão frutas, legumes e verduras.
10. A palavra que foi acentuada pelo mesmo motivo que “rês” é:
1. No Texto, a asa branca é uma pomba que simboliza a partida do personagem que canta. Essa partida é sentida por esse personagem como um(a):
a) sofrimento, pois ele perdeu muitas coisas e está deixando seu amor.
b) alívio, pois ele não quer encontrar mais Rosinha.
c) alegria, pois ele está esperando a chuva cair.
d) alegria, pois ele irá para longe.
e) felicidade, pois ele está deixando a terra para ficar sozinho.
2. O Texto mostra, que a terra onde vive o personagem, está:
a) escura
b) florida
c) úmida
d) seca
e) fria
3. O personagem, ao constatar que até a asa branca fugiu, se despede de:
a) Deus
b) Rosinha
c) sua plantação
d) seu alazão
e) seu sertão
4. Devido à situação em que a terra se encontra, a vida do personagem sofreu algumas sérias consequências. Entre essas consequências, encontra-se o fato de que ele:
a) perdeu seu gado, seu cavalo e sua plantação.
b) viu a asa branca voando em torno da plantação.
c) formulou a Deus algumas questões.
d) perguntou a Deus por que tamanha judiação.
e) olhou a terra ardendo como fogueira
5. Para que possa voltar à sua terra, o personagem espera que:
a) a asa branca volte a voar por lá.
b) a chuva volte a cair no sertão.
c) a Rosinha pare de chorar.
d) alguém compre um alazão.
e) ele consiga encontrar seu gado.
6. Que grupo de expressões se aplica mais adequadamente ao sertão brasileiro, que é a região descrita no texto “Asa Branca”?
a) terra ardendo / falta d’água
b) chuva / Rosinha
c) plantação / meu coração
d) hoje / Deus do céu
e) olhos / meu gado
7. O personagem que canta deixa bem claro para a sua amada que ele voltará. O trecho que confirma essa afirmação é:
a) “Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação” (.3-4)
b) “Por falta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão” (.7-8)
c) “Até mesmo a asa branca Bateu asas do sertão” ( .9-10)
d) “Hoje longe, muitas léguas Numa triste solidão” ( .13-14)
e) “Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu, meu coração” ( .19-20)
8. O personagem, ao constatar que até a asa branca fugiu, se despede de:
a) Deus
b) Rosinha
c) sua plantação
d) seu alazão
e) seu sertão
9. Se o pronome pessoal eu fosse substituído por nós, na frase, “Eu te asseguro não chore não” (. 19), como ficaria a frase mantendo-se o tempo do verbo destacado?
a) Nós te asseguraremos não chore não.
b) Nós te asseguraríamos não chore não.
c) Nós te assegurais não chore não.
d) Nós te asseguramos não chore não.
e) Nós vamos te assegurar não chore não.
10. Qual é o par em que a palavra apresenta o plural de forma adequada, segundo a norma-padrão da língua?
a) plantação / plantaçãos
b) irmão / irmãs
c) sertão / sertões
d) cão / cões
e) paixão / paixãos
11. Na penúltima estrofe, há uma palavra indicando que a narrativa chega ao presente. Qual é essa palavra?
1. De acordo com o texto, o personagem é capaz de fazer muitas coisas, até mesmo as mais difíceis e impossíveis para conquistar seu grande amor. O trecho que exemplifica essa afirmativa é:
a) “Amor da minha vida / Daqui até a eternidade” (. 1-2)
b) “Nossos destinos / Foram traçados na maternidade” (. 3-4)
c) Pra desculpar minhas mentiras / Minhas mancadas” (. 7-8))
d) “E por você eu largo tudo / Vou mendigar, roubar, matar” (. 17-18)
e) “Eu adoro um amor inventado” (. 36)
2. O personagem afirma que ele e a pessoa amada estão ligados para sempre. O trecho que comprova essa ligação é:
a) “Amor da minha vida / Daqui até a eternidade” (. 1-2)
b) “Paixão cruel, desenfreada / Te trago mil rosas roubadas” (. 5-6)
c) “Eu sou mesmo exagerado / Adoro um amor inventado” (. 11-12)
d) “Eu posso até morrer de fome / Se você não me amar” (. 15-16)
e) “Jogado aos teus pés / Com mil rosas roubadas” (. 33 -34)
3. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, se fosse substituído o pronome eu pelo pronome nós, no trecho “Eu sou mesmo exagerado” (. 11), como ficaria o verbo destacado?
a) “Nós é mesmo exagerados”.
b) “Nós somos mesmo exagerados”.
c) “Nós era mesmo exagerados”.
d) “Nós sereis mesmo exagerados”.
e) “Nós sois mesmo exagerados”.
4. No trecho “E por você eu largo tudo”(18), a palavra você, destacada na frase, refere-se à:
a) rosa roubada
b) carreira
c) pessoa amada
d) maternidade
e) mancada
5. No trecho “Pra desculpar minhas mentiras” (. 7), a palavra que apresenta o sentido contrário ao da palavra destacada é:
a) alegrias
b) brigas
c) chateações
d) dúvidas
e) verdades
6. No trecho “Eu nunca mais vou respirar / Se você não me notar” (. 13-14), a palavra em destaque introduz a ideia de:
a) adversidade
b) conclusão
c) lugar
d) condição
e) tempo
7. Qual é a frase em que a palavra destacada está grafada de acordo com a norma padrão da língua portuguesa?
a) As declarassões de amor são sempre importantes.
b) A paixão trás alegria à vida.
c) Ele se declarou no momento ezato da noite.
d) O coração quase explodiu de tanto amor!
e) O silênsio às vezes fala mais que as palavras.
8. O personagem do texto se apresenta extremamente apaixonado pela pessoa amada e se expressa dizendo “Jogado aos teus pés” (. 10). Ao utilizar essa expressão, entende-se que ele:
a) escorregou quando falava com a pessoa amada.
b) se jogou para segurar os pés machucados da pessoa amada.
c) está totalmente entregue à paixão.
d) está recolhendo o lixo do chão.
e) está em dúvida se quer ou não a pessoa amada.
9. A palavra que pode substituir o verbo notar, destacado no trecho “Eu nunca mais vou respirar/Se você não me notar” (. 13-14), sem alterar o sentido da frase, é:
a) calar
b) perceber
c) pisar
d) procurar
e) rouba
10. Se a palavra ontem fosse acrescentada ao trecho “por você eu largo tudo” (. 17), como ficaria a frase, mantendo-se a norma padrão?