quarta-feira, 24 de março de 2021

Atividade 6º Ano. Poema. Norma Discini - Dora

Leia um fragmento do poema “Dora".    

O pai criou asa, 

voou, fugiu de casa. 

A menina, a menina é Dora 

A mãe se curva e chora. 

Ele rompeu a prisão, 

a gaiola, o alçapão. 

Dora não chora. 

Quer o pai feliz nos espaços, 

pra que torturá-lo com laços? 

A mãe se curva e chora. 

Dora não chora. 

A mãe, de tristeza, anoitece. 

A vida, irreverente, amanhece. 

Dora não chora, 

enxerga a hora, 

agora, 

de a mãe se conhecer 

na batalha 

do trabalho 

do amor 

sem chorinho, 

sem temor. 

- Mãe, acorda, é hora! 

A mãe se curva e chora.

(Norma Discini)


1. Aponte um substantivo próprio: 

a) Pai. 

b) Menina. 

c) Dora. 

d) Laços. 


2.  Aponte um substantivo concreto: 

a) Prisão. 

b) Tristeza. 

c) Amor. 

d) Temor. 


3.  Aponte um substantivo abstrato: 

a) Dora. 

b) Alçapão. 

c) Feliz. 

d) Gaiola




Atividade Ensino Médio. Conto. Ana Maria Machado - Era uma vez




Era uma vez... 

- Era uma vez uma menina pobre, muito linda e boazinha, que morava com a madrasta malvada numa casa na floresta.

 - Floresta? Floresta é uma coisa inteiramente ultrapassada. Chega dessa história de mato. De qualquer jeito, não é uma imagem real de nossa sociedade. Vamos fazer alguma coisa urbana para variar.

 - Era uma vez uma menina pobre, muito linda e boazinha, que morava com a madrasta malvada numa casa no subúrbio. 

 - Melhorou. Mas eu ainda queria questionar seriamente essa palavra pobre.

 - Mas ela era pobre! 

 - Pobre é um termo relativo. Ela morava numa casa, não é mesmo?

 - Morava.

 - Então, de um ponto de vista socioeconômico, não era pobre. 

 - Mas o dinheiro não era dela! A história toda é justamente o que acontece quando a madrasta malvada faz ela se vestir de roupas velhas e dormir na cinza da lareira...

 - Ah, então tinham lareira! Vou te dizer uma coisa: quando o cara é pobre, não tem essa história de lareira. Venha comigo até o parque, até as estações de metrô quando escurece, venha até embaixo do viaduto, ver aquela gente toda dormindo em caixas de papelão. Aí é que você vai ver o que é pobre!

- Era uma vez uma menina de classe média, muito linda e boazinha... 

- Pode parar. Acho que a gente podia cortar esse linda, você não acha? As mulheres hoje em dia já têm que seguir tantos modelos físicos que intimidam. 

[...] Para que aumentar a pressão? Será que você não podia fazer essa menina mais... digamos, de acordo com a média?

 - Era uma vez uma menina meio gordinha e dentuça, que...

 - Não acho graça nenhuma em zombar da aparência dos outros. Além do mais, você assim está encorajando a anorexia. 

- Eu não estava zombando, estava só descrevendo [...].

- Tudo bem, continue. Mas você podia fazer ela ser de alguma minoria. Pode ajudar.

  (Ana Maria Machado)


1. A autora do texto recorre a uma situação do dia a dia para, predominantemente: 

 a) Provocar uma discussão sem objetivos. 

 b) Desencadear reflexões.

 c) Criar um efeito humorístico no texto.

 d) Citar fatos historicamente importantes.

 e) Estabelecer a diferença entre homens e mulheres.


2. É adequado dizer que a história que a princípio seria contada está carregada de:

 a) Conceitos pré-estabelecidos e imagens estereotipadas. 

 b) Ironias e críticas.

 c) Situações do cotidiano próximas da realidade.

 d) Melancolia e lirismo. 

 e) Espírito nacionalista. 


3. “Mas você podia fazer ela ser de alguma minoria.” 

O trecho destacado apresenta-nos uma discussão em torno de:

 a) Valores éticos e religiosos da sociedade.

 b) Questões sócio-culturais.

 c) Padrões a serem seguidos, estabelecidos pela sociedade. 

 d) Segmento intelectual da sociedade, que seria a minoria. 

 e) Pessoas financeiramente privilegiadas compondo a minoria da população.


4. No 2º parágrafo, o comentário feito demonstra: 

a) Uma preocupação com o meio ambiente, tendo em vista que estamos vivendo em tempos de aquecimento global. 

b) Total apatia à questão ambiental, denominando-a ultrapassada. 

c) Os aspectos reais de uma sociedade capitalista, industrial e culturalmente desenvolvida. 

d) Um modelo mais próximo da realidade do que aquele apresentado anteriormente.

e) O jogo de interesses político-financeiros que se instaurou na sociedade atual.


5. O texto “Era uma vez” trata de um assunto gerador de conflitos através de um diálogo. É inadequado afirmar que tal diálogo provoca:

a) Respostas objetivas e simplificadas, já que em um debate de idéias e opiniões divergentes é necessário que as erudições filosóficas sejam deixadas de lado. 

b) Uma aceitação em receber inovações, sugestões e alterações. 

c) Questionamentos e pensamentos reflexivos por parte do seu interlocutor. 

d) Rompimento com paradigmas tradicionais. 

e) Segmentação da narrativa que a princípio seria tratada.


6. Assinale a opção em que todas as palavras apresentam dígrafos: 

a) Pobre, linda, madrasta 

b) Malvada, floresta, inteiramente 

c) Boazinha, ultrapassada, chega

d) Dessa, qualquer, pobre  

e) Nossa, subúrbio, melhorou 


7.  Assinale a opção em que as duas palavras apresentam sufixo formador de advérbio: 

a) Inteiramente, seriamente 

b) Boazinha, morava 

c) Malvada, ultrapassada

d) Urbana, socioeconômico 

e) Justamente, dormindo 


8. Observe atentamente os trechos destacados a seguir: 

I. -  Mas ela era pobre! 

II. - Pobre é um termo relativo. 


As funções sintáticas exercidas pelos termos sublinhados nas orações são, respectivamente: 

a) I – objeto direto; II – agente da passiva 

b) I – objeto indireto; II – sujeito

c) I – complemento nominal; II – predicativo do sujeito

d) I – adjunto adnominal; II – adjunto adverbial 

e) I – predicativo do sujeito; II – sujeito


9. De acordo com o estudo das orações subordinadas e as referentes conjunções que as introduzem, identifique a seguir a alternativa que apresenta conjunção que expressa finalidade:

 a) Vamos fazer alguma coisa urbana para variar.

 b) - Era uma vez uma menina pobre, muito linda e boazinha, que morava com a madrasta malvada numa casa na floresta. 

c) As mulheres hoje em dia já têm que seguir tantos modelos físicos que intimidam. 

d) De qualquer jeito, não é uma imagem real de nossa sociedade. 

e) - Então, de um ponto-de-vista socioeconômico, não era pobre.


10. É correto afirmar que a alteração na colocação da vírgula está correta e altera o sentido original da frase “Eu não estava zombando, estava só descrevendo [...].”, em: 

 a) Eu não estava zombando, estava só, descrevendo. 

 b) Eu, não, estava zombando, estava só descrevendo.

 c) Eu não, estava zombando estava, só, descrevendo.

 d) Eu não, estava zombando, estava só descrevendo. 

 e) Eu não estava zombando estava, só, descrevendo. 

 


   

terça-feira, 23 de março de 2021

Atividade Ensino Médio. Pré-Modernismo - Cubismo e Expressionismo





Quadro: Pranto, PORTINARI, Cândido. Pranto. Óleo sobre tela: color. Coleção particular.

Entendendo o quadro:

1. Comece observando os efeitos de luz. Em que parte do quadro parece haver maior incidência de luz?

Nos braços, rosto, pescoço e blusa.

2. Qual a cor que mais chama a atenção?

O preto e o roxo.

3. O que a expressão do rosto da mulher sugere?

Tristeza e dor.

4. Que recursos o artista usou para representar os sentimentos da personagem?

Olhar de pranto, lágrimas nos olhos, boca que revela espanto, mãos na cabeça que revelam desespero.





Quadro: Mulher em lágrimasPICASSO, Pablo. Mulher em lágrimas. Óleo sobre a tela. Londres.

Entendendo o quadro:

1. Que figura está representada nessa obra?

a) Uma figura masculina.

b) Uma figura feminina.

c) A figura de uma criança.

 

2. O que a expressão do rosto do personagem está sugerindo?        

a) Tristeza profunda, desespero, dor, sofrimento, angústia, aflição extrema, tormento.

b) Alegria, animação, plena felicidade.

c) Espanto, admiração, surpresa.


3. Como foi representada a figura humana?

a) Em harmonia com as cores, uniformidade com as partes.

b) Representa a imagem do próprio autor.

c) Toda desarticulada, quebrada, com os olhos fora das órbitas.

 

4. Observe as cores. São suaves ou não?

a) São cores suaves, leves e claras.

b) Há muitas cores: azul, roxo, laranja, verde, amarelo, marrom. Todas são gritantes.

c) São cores desproporcionais à imagem de uma mulher. A cor ideal seria cor-de-rosa.

 


Atividade Ensino Médio - Variação Linguística

  



1. A terceira frase – Condo é hora de drumi, nóis drome... – está escrita de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa na alternativa:

 a) Quando é hora de dormi, nós dorme.

 b) Quando é hora de dormir, nós dormimos.

 c) Quando é hora de dormir, nós dorme. 

 d) Quando era hora de dormi, nós durmimos.


 Leia o poema:


João Gostoso era carregador de feira livre 

e morava no morro da Babilônia 

num barracão sem número.  

Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 

 Bebeu

 Cantou 

 Dançou 

 Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

(Manuel Bandeira)


1. Uma frase coerente com a mensagem do poema a respeito de João Gostoso e escrita com correção é:

a) Raramente bebia, mas numa noite ele de fato bebeu muito e, como resultado da embriagues, jogou-   se numa lagoa e morreu afogado. 

b) Sabia como viver e se divertir, mas as vezes exagerava na bebida. Num certo dia, ao sair de uma   balada, veio a sua mente a ideia de cometer suicidio e, então, ele se jogou numa lagoa.

c) Era um homem muito bonito, importante e feliz, apesar de ter uma vida muito dificil como   carregador. Um dia teve depreção e decidiu se matar.

d) Era um trabalhador pobre que morava num morro e que, um dia, após um período de diversão,   morreu afogado. 

e) Sempre foi um simples operário braçal, muito magro, morador de morro; porém, um dia, após ter   bebido e se divertido muito, decidiu matar-se. 


2. Se o texto do poema fosse reescrito nos moldes da prosa e da norma-padrão da língua, estaria   corretamente composto em um único parágrafo em:

a) João Gostoso era carregador de feira livre e morava, no morro da Babilônia, num barracão sem   número. Uma noite ele chegou ao bar Vinte de Novembro, bebeu, cantou, dançou, depois se atirou na   lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

 b) João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem   número. Uma noite, ele chegou ao bar Vinte de Novembro, bebeu, cantou, dançou; depois se atirou na   lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

c) João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem   número. Uma noite, ele chegou ao bar, Vinte de Novembro, bebeu, cantou, dançou; depois se atirou,   na  lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

d) João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia, num barracão sem   número. Uma noite, ele chegou, ao bar Vinte de Novembro, bebeu, cantou, dançou; depois se atirou na   lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. 

e) João Gostoso era carregador, de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem     número. Uma noite ele chegou ao bar Vinte de Novembro, bebeu, cantou, dançou; depois se atirou na   lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

1. Assinale a alternativa em que a expressão – Aí varêia!!! – está escrita de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. 

 a) Ai varea!!! 

 b) Ai vareía!!! 

 c) Aí varia!!! 

 d) Aí varêa!!! 


 2. Na frase – Falo fluentemente inglês... – a palavra destacada apresenta sentido próximo ao de: 

 a) naturalmente. 

 b) dificilmente. 

 c) duramente. 

 d) rigorosamente


1

domingo, 21 de março de 2021

Atividade Fundamental II. Texto Curto para Interpretação

Leia a anedota abaixo:  

Verbos 

  

 A professora pergunta para Mariazinha:

- Mariazinha, me dê um exemplo de verbo.

- Bicicreta – respondeu a menina.

- Não se diz “bicicreta” e sim, “bicicleta”. Além disso, bicicleta não é verbo. Pedro me diga você um verbo.

- Prástico! – disse o garoto.

- É “plástico”, não “prástico”. E também não é verbo. Laura, é sua vez: me dê um exemplo correto de verbo – pediu a professora.

- Hospedar! – respondeu Laura.

- Muito bem! – disse a professora. Agora forme uma frase com este verbo.

- Os pedar da bicicreta é de prástico!


1. "Bicicleta", "plástico", "pedais", são respectivamente:

a) Substantivos.

b) Verbos.

c) Adjetivos.

d) Pronomes.              


2. Esse tipo de fenômeno é característico de uma variedade linguística. Que tipo de variedade, na anedota, os três alunos utilizam?      

a) Linguagem formal

b) Linguagem informal

c) Linguagem regional

d) Linguagem científica

                                       

Da discrição 

Não te abras com teu amigo

Que ele um outro amigo tem

E o amigo do teu amigo

Possui amigos também

(Mário Quintana)

3. No verso – Não te abras com teu amigo – o verbo em destaque foi empregado em sentido figurado.

Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo abrir continua sendo empregado em sentido figurado.

a) Ao abrir a porta, não havia ninguém. 

b) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abridor. 

c) Para aprender, é preciso abrir a mente. 

d) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em casa. 

e) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Atividade - Ensino Médio. Lar desfeito

e

Lar desfeito 

José e Maria estavam casados há vinte anos e eram muito felizes um com o outro.

Tão felizes que um dia na mesa, a filha mais velha exclamou:



- Vocês nunca brigam?

José e Maria se entreolharam. José respondeu:

- Não, minha filha. Sua mãe e eu não brigamos.

Nunca brigaram? – quis saber Vítor, o filho do meio.

- Claro que já brigamos, mas sempre fazemos as pazes.

Na verdade, brigas, mesmo, nunca tivemos. Desentendimentos, como todo mundo. Mas sempre nos demos muito bem...

- Coisa mais chata – disse Venancinho, o menor.

Vera, a filha mais velha, tinha uma amiga, Nora, que a deixava fascinada com suas histórias de casa. Os pais de Nora viviam brigando. Era um drama. Nora contava tudo pra Vera. Ás vezes chorava. Vera consolava a amiga. Mas no fundo tinha uma certa inveja. Nora era infeliz.

Devia ser bacana ser infeliz assim. O sonho de Vera era ter um problema em casa para poder ser revoltada como Nora. Ter olheiras como Nora.

Vítor, o filho do meio, frequentava muito a casa de Sérgio, seu melhor amigo.

Os pais de Sérgio estavam separados. O pai de Sérgio tinha um dia certo para sair com ele. Domingo. Iam ao parque de diversões, ao cinema, ao futebol.

O pai de Sérgio namorava uma moça de teatro. E a mãe de Sérgio recebia visitas de um senhor muito camarada que sempre trazia presentes para Sérgio. O sonho de Vítor era ser irmão de Sérgio.

Venancinho, o filho menor, também tinha amigos com problemas em casa. A mãe de Haroldo tinha uma filha de 11 anos que podia tocar o Danúbio Azul espremendo uma mão na axila, o que deixava a mãe do Haroldo louca. A mãe do Haroldo gritava muito com o marido.

Bacana.

Eu não aguento mais esta situação – disse Vera, na mesa dramática.

- Que situação, minha filha?

- Essa felicidade de vocês!

- Vocês pelo menos deviam ter cuidado de não fazer isso na nossa frente – disse Vítor.

- Mas nós não fazemos nada!

- Exatamente.

Venancinho batia com o talher na mesa e reivindicava:

- Briga. Briga. Briga.

José e Maria concordavam que aquilo não podia continuar. Precisavam pensar nas crianças. Antes de mais nada, nas crianças. Manteriam uma fachada de desacordo, ódio e desconfiança na frente deles, para esconder a harmonia. Não seria fácil. Inventariam coisas. Trocariam acusações fictícias e insultos.

Tudo para não traumatizar os filhos.

- Víbora não – gritou Maria, começando a erguer-se do seu lugar na mesa com a faca serrilhada na mão. José também ergueu-se e empurrou a cadeira.

- Víbora sim! Vem que eu te arrebento.

Maria avançou. Vera agarrou-se a seu braço.

- Mamãe. Não!

Vítor segurou seu pai. Venancinho, que estava de boca aberta e olhos arregalados desde o começo da discussão, a pior até então, achou melhor pular da cadeira e procurar um canto neutro da sala de jantar.

Depois daquela cena, nada mais havia a fazer. O casal teria que se separar. Os advogados cuidariam de tudo. Eles não podiam mais se enxergar.

Agora era Nora que consolava Vera. Os pais eram assim mesmo. Ela tinha experiência. A família era uma instituição podre. Sozinha, na frente do espelho, Vera imitava a boca de desdém de Nora.

- Podre. Tudo podre.

E esfregava os olhos, para que ficassem vermelhos. Ainda não tinha olheiras, mas elas viriam com o tempo. Ela seria amarga e agressiva. A pálida filha de um lar desfeito. Um pouco de pó-de-arroz talvez ajudasse.

Vítor e Venancinho saíam aos domingos com o pai. Uma vez foram ao Maracanã junto com o Sérgio e a namorada do pai do Sérgio, a moça do teatro. O pai de Sérgio perguntou se José não gostaria de conhecer uma amiga de sua namorada.

Assim poderiam fazer mais programas juntos. José disse que achava que não. Precisava de mais tempo para se acostumar com sua nova situação. Sabe como é.

- Eles desconfiam de alguma coisa? - perguntou José.

- Acho que não – respondeu Maria.

Estavam os dois no motel onde se encontravam, no mínimo duas vezes por semana, escondidos.

- Será que fizemos o certo?

- Acho que sim. As crianças agora não se sentem mais deslocadas no meio dos amigos. Fizemos o que tinha de ser feito.

- Será que algum dia vamos poder viver juntos outra vez?

- Quando as crianças saírem de casa. Aí então estaremos livres das convenções sociais. Não precisaremos manter as aparências. Me beija.

(Luís Fernando Veríssimo)

1.     

1. Como o filho menor, Venancinho, define “paz”?

a) Como algo importante.

b) Como a coisa mais chata.

c) Imprescindível para a harmonia do lar.

d) Algo que estava faltando entre a família.


2. Por que há uma inversão de valores morais, por parte dos filhos?

a) Porque as crianças estavam acostumadas com os desentendimentos de seus pais, e dos pais de seus colegas.

b) Os filhos não conviviam com os pais; eles moravam com os avós, algo muito comum nos dias atuais.

c) Os filhos do casal, em contato com a experiência familiar dos seus colegas, que viviam às voltas com o desentendimento dos pais, estranhavam a harmonia entre o pai e a mãe.

d) Nenhuma das alternativas anteriores.


3. “Não precisaremos manter as aparências”. O termo destacado indica que:

a) O casal não precisaria manter um casamento infeliz e optariam pela separação.

b) O casal plenejava manter as convenções sociais até os filhos saírem de casa. Depois voltariam a morar juntos.

c) O casal não pretendiam mais viver juntos.

d) O texto relata um casamento infeliz, filhos traumatizados e muita desunião familiar.


4. Qual tipo de Crônica o texto representa?

a) Narrativa

b) Argumentativa

c) Literária

d) Humorística




Charges para Interpretação - Ensino Médio

 Leia o Texto para responder às questões 01 e 02. 1.  Da leitura da linguagem verbal e não verbal, infere-se que o objetivo da charge é: a) ...