Terezinha
1 O primeiro me chegou
2 Como quem vem do florista
3 Trouxe um bicho de pelúcia
4 Trouxe um broche de ametista
5 Me contou suas viagens
6 E as vantagens que ele tinha
7 Me mostrou o seu relógio
8 Me chamava de rainha
9 Me encontrou tão desarmada
10 Que tocou meu coração
11 Mas não me negava nada
12 E assustada eu disse não
13 O segundo me chegou
14 Como quem chega do bar
15 Trouxe um litro de aguardente
16 Tão amarga de tragar
17 Indagou o meu passado
18 Cheirou minha comida
19 Vasculhou minha gaveta
20 Me chamava de perdida
21 Me encontrou tão desarmada
22 Que arranhou meu coração
23 Mas não me entregava nada
24 E assustada eu disse não.
25 O terceiro me chegou
26 Como quem chega do nada
27 Ele não me trouxe nada
28 Também nada perguntou
29 Mal sei como ele se chama
30 Mas entendo o que ele quer
31 Se deitou na minha cama
32 E me chama de mulher
33 Foi chegando sorrateiro
34 E antes que eu dissesse não
35 Se instalou feito posseiro
36 Dentro do meu coração.
(Chico Buarque)
1. De acordo com o entendimento que se faz do texto, pode-se afirmar que:
a) Terezinha aceitou namorar o primeiro pretendente, porque ele trouxe flores para ela.
b) Terezinha não aceitou nenhum dos três pretendentes, porque eles não queriam nada sério com ela, somente sexo.
c) Ficou claro que o primeiro pretendente foi o preferido de Terezinha, visto que ele a chamava de rainha.
d) O terceiro pretendente, diferentemente dos outros dois, não trouxe nada, não perguntou nada, mas foi o que conseguiu conquistar o coração de Terezinha.
e) Terezinha, sendo uma prostituta, ficou com os três pretendentes, mas gostou mais do primeiro, porque ele trouxe um bicho de pelúcia para ela.
2. Observando-se o tipo de composição do texto, é correto afirmar que o texto “Teresinha”, é certamente:
a) Uma narração.
b) Uma descrição.
c) Uma poesia.
d) Uma crônica argumentativa.
e) Uma anedota.
3. A palavra “aguardente” (v 15) foi formada por um processo de formação de palavras chamado:
a) Composição por justaposição;
b) Derivação prefixal;
c) Derivação sufixal;
d) Parassíntese;
e) Composição por aglutinação.
4. Observando as palavras “tão” (v 9) e “que” (v 10), podemos afirmar que elas expressam uma circunstância de:
a) Conformidade;
b) Consequência;
c) Causa;
d) Concessão;
e) Conclusão.
5. A oração introduzida pelo “que” (v 6) classifica-se como:
a) Adverbial consecutiva;
b) Adverbial causal;
c) Coordenada conclusiva;
d) Adjetiva restritiva;
e) Substantiva objetiva direta.
6. O verbo “entregava” (v 23) classifica-se, no contexto, como:
a) Verbo transitivo direto;
b) Verbo intransitivo;
c) Verbo de ligação;
d) Verbo transitivo indireto;
e) Verbo transitivo direto e indireto.
7. Observando a segunda estrofe, podemos perceber uma predominância de:
a) Sujeito implícito;
b) Sujeito indeterminado;
c) Oração sem sujeito;
d) Sujeito oracional;
e) Sujeito composto
8. No verso “Mas não me entregava nada” (v 23), percebe-se a correta colocação do pronome oblíquo “me”. Dessa forma, marque a opção em que, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, o pronome oblíquo esteja corretamente colocado.
a) Sempre desejou-a como madrinha.
b) Quando chamaram-no, ficou nervoso.
c) Ninguém informou-lhe o resultado.
d) Recusou o prêmio que lhe ofereceram.
e) Os alunos nunca procuraram-no depois da aula.
9. A palavra “mal” (v 29) assume, no contexto, a função morfológica de:
a) Substantivo;
b) Adjetivo;
c) Advérbio;
d) Preposição;
e) Conjunção.
10. Nas palavras “relógio” (v 7), “rainha” (v 8) e “sorrateiro” (v 33) temos, respectivamente:
a) Ditongo, hiato, ditongo;
b) Ditongo, hiato, hiato;
c) Hiato, hiato, hiato;
d) Ditongo, ditongo, ditongo;
e) Hiato, ditongo, ditongo
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