quarta-feira, 22 de junho de 2022

Letra de Música para Interpretação. Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré

 Pra não dizer que não falei das flores  

1 Caminhando e cantando         

2 E seguindo a canção, 

3 Somos todos iguais, 

4 Braços dados ou não, 

5 Nas escolas, nas ruas, 

6 Campos, construções, 

7 Caminhando e cantando 

8 E seguindo a canção. 


9 Vem, vamos embora, 

10 Que esperar não é saber, 

11 Quem sabe faz a hora, 

12 Não espera acontecer. 

13 Vem, vamos embora, 

14 Que esperar não é saber, 

15 Quem sabe faz a hora, 

16 Não espera acontecer. 


17 Pelos campos há fome 

18 Em grandes plantações, 

19 Pelas ruas marchando 

20 Indecisos cordões 

21 Ainda fazem da flor 

22 Seu mais forte refrão 

23 E acreditam nas flores 

24 Vencendo o canhão. 


24 Refrão 


25 Há soldados armados, 

26 Amados ou não, 

27 Quase todos perdidos 

28 De armas na mão. 

29 Nos quartéis lhes ensinam 

30 Uma antiga lição 

31 De morrer pela pátria 

32 E viver sem razão. 


33 Refrão 

(Geraldo Vandré)


1. A afirmativa final de Martin Luther King dialoga com os versos de Geraldo Vandré transcritos em:

a) “Caminhando e cantando / E seguindo a canção, /Somos todos iguais, /Braços dados ou não” (v. 1-4).

b) “Vem,vamos embora / Que esperar não é saber, / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer.”(v.9-12). 

c) “Pelos campos há fome /Em grandes plantações,/Pelas ruas marchando/Indecisos cordões” (v.17-20)

d) “Há soldados armados, / Amados ou não, / Quase todos perdidos / De armas na mão.” (v. 25-28).

e) “Nos quartéis lhes ensinam/Uma antiga lição /De morrer pela pátria /E viver sem razão.” (v. 29-32)


2.  A voz poética, nesse poema-canção, 

a) condena, indistintamente, os soldados por cumprirem ordens governamentais. 

b) conclama as pessoas à luta, em busca de seus direitos e de um país melhor. 

c) revela-se contraditória quanto ao seu desejo de reversão da situação vigente no país. 

d) considera, ao fazer referência a “Indecisos cordões”, a falta de objetivo dos que protestam. 

e) critica os que pensavam em seus amores, pois o bem comum é o que importa para se ter paz.





segunda-feira, 13 de junho de 2022

Atividade Fundamental II. No dentista - Edilson Rodrigues Silva

 

 No dentista

_ Douto, quanto que o senhor cobra para tirar este dente aqui ó? 

__ Hummm!...Bemmm! Vai ficar só 500 reais.

__ O quê! Aíiii! Caraca! Bati a minha cabeça! Que susto doutor! Eu vim aqui pra arrancar um dente e quase que o senhor me faz ter um ataque cardíaco e bater as botas por causa desse seu precinho camarada. 

Aposto que o senhor ainda vai falar que é preço de ocasião. Eu vou ter que pagar tudo isso só para o senhor fazer um servicinho de um minuto? 

- Isso mesmo! Disse o dentista. 

- Isso é um abuso! Na verdade, isso é um verdadeiro assalto! Reclamou o inconformado paciente. 

- Não tem problema. Se o senhor quiser podemos fazer esse servicinho em uma semana. Respondeu o calmo e tranquilo dentista. 

(Edilson Rodrigues Silva)


1. No trecho “Eu vim aqui pra arrancar um dente e quase que o senhor me faz ter um ataque cardíaco e bater as botas por causa desse seu precinho camarada. Aposto que o senhor ainda vai falar que é preço de ocasião. Eu vou ter que pagar tudo isso só para o senhor fazer um servicinho de um minuto? 

Quanto à classificação e flexão do substantivo as palavras destacadas são respectivamente. 

a) Substantivo comum/ diminutivo. 

b) Substantivo próprio / diminutivo. 

c) Substantivo abstrato / aumentativo. 

d) Substantivo coletivo / aumentativo. 


2. Marque corretamente o nome do sinal de pontuação utilizado para indicar a fala da personagem nesse texto. 

a) Ponto final. 

b) Travessão. 

c) Parênteses. 

d) Dois pontos. 


3. Assinale a alternativa correta. Quanto ao número de sílabas as palavras camarada, cardíaco e doutor são respectivamente: 

a) Monossílaba / trissílaba / dissílaba. 

b) Polissílaba / polissílaba / dissílaba. 

c) Dissílaba / polissílaba / trissílaba. 

d) Polissílaba / polissílaba/ trissílaba. 


4. Preencha corretamente a coluna da esquerda com a coluna da direita quanto ao antônimo das palavras da primeira coluna. Em seguida assinale a alternativa com a sequência correta.

(1) perto        (  ) novo 

(2) bonito      (  ) estreito 

(3) largo        (  ) fraco 

(4) velho       (  ) longe 

(5) triste        (  ) feio 

(6) branco     (  ) alegre 

(7) forte        (  ) preto 


Assinale a sequência correta. 

a) 2 – 3 – 5 – 4 - 1 - 5 - 7 

b) 4 – 3 - 7 - 1 – 2 - 5 – 6 

c) 7 - 6 - 4 - 1 - 2 - 3 – 5 

d) 6 - 7 - 3 - 2 - 4 - 5 – 1 


Por que suamos? 

E mais: os bichos suam? Descubra as respostas! 

Em uma frase, podemos dizer que suamos para regular a temperatura do corpo. Um processo que ocorre mais ou menos assim: o corpo humano tem uma temperatura média de 36,5 graus Celsius. Logo, quando ele aquece além do normal, as glândulas sudoríparas – que se localizam na camada interna da pele, a derme – lançam suor sobre a camada externa da pele, a epiderme, fazendo o corpo resfriar. É por isso que, quando você sua e alguém coloca a mão no seu braço ou nas suas costas, diz que você está “geladinho”. 


5. Segundo o texto, quem lança suor sobre a camada externa da pele fazendo o corpo resfriar? 

a) A derme. 

b) A epiderme. 

c) As Glândulas sudoríparas. 

d) A temperatura do corpo. 


6. Assinale a alternativa correta. No trecho “Logo, quando ele aquece além do normal, as glândulas sudoríparas – que se localizam na camada interna da pele, a derme – lançam suor sobre a camada externa da pele, a epiderme, fazendo o corpo resfriar. 

Quanto à flexão de número as palavras destacadas estão respectivamente. 

a) Singular / plural / singular. 

b) Plural / singular / plural. 

c) Plural / singular / singular. 

d) Singular / plural / plural. 


7. Marque a alternativa correta. Quanto à acentuação gráfica as palavras: média, sudoríparas, alguém, são respectivamente: 

a) Paroxítona / oxítona / proparoxítona. 

b) Paroxítona / proparoxítona / oxítona. 

c) Proparoxítona / oxítona / oxítona. 

d) Oxítona / paroxítona / paroxítona.





domingo, 5 de junho de 2022

Atividade Ensino Médio. O Casamento da Lua - Vinícius de Morais

 

O casamento da Lua

O que me contaram não foi nada disso. A mim, contaram- me o seguinte: que um grupo de bons e velhos sábios, de mãos enferrujadas, rostos cheios de rugas e pequenos olhos sorridentes, começaram a reunir-se todas as noites para olhar a Lua, pois andavam dizendo que nos últimos cinco séculos sua palidez tinha aumentado consideravelmente. E de tanto olharem através de seus telescópios, os bons e velhos sábios foram assumindo um ar preocupado e seus olhos já não sorriam mais; puseram-se, antes, melancólicos. E contaram-me ainda que não era incomum vê-los, peripatéticos, a conversar em voz baixa enquanto balançavam gravemente a cabeça.

E que os bons e velhos sábios haviam constatado que a Lua estava não só muito pálida, como envolta num permanente halo de tristeza. E que mirava o Mundo com olhos de um tal langor e dava tão fundos suspiros – ela que por milênios mantivera a mais virginal reserva – que não havia como duvidar: a Lua estava pura e simplesmente apaixonada. Sua crescente palidez, aliada a uma minguante serenidade e compostura no seu noturno nicho, induzia uma só conclusão: tratava-se de uma Lua nova, de uma Lua cheia de amor, de uma Lua que precisava dar. E a Lua queria dar-se justamente àquele de quem era a única escrava e que, com desdenhosa gravidade, mantinha-a confinada em seu espaço próprio, usufruindo apenas de sua luz e dando azo a que ela fosse motivo constante de poemas e canções de seus menestréis, e até mesmo de ditos e graças de seus bufões, para distraí-lo em suas periódicas hipocondrias de madurez.

Pois não é que ao descobrirem que era o Mundo a causa do sofrimento da Lua, puseram-se os bons e velhos sábios a dar gritos de júbilo e a esfregar as mãos, piscando-se os olhos e dizendo-se chistes que, com toda franqueza, não ficam nada bem em homens de saber... Mas o que se há de fazer? Frequentemente, a velhice, mesmo sábia, não tem nenhuma noção do ridículo nos momentos de alegria, podendo mesmo chegar a dançar rodas e sarabandas, numa curiosa volta à infância. Por isso perdoemos aos bons e velhos sábios, que se assim faziam é porque tinham descoberto os males da Lua, que eram males de amor. E males de amor curam-se com o próprio amor – eis o axioma científico a que chegaram os eruditos anciãos, e que escreveram no final de um longo pergaminho crivado de números e equações, no qual fora estudado o problema da crescente palidez da Lua.

(Vinícius de Moraes. Para viver um grande amor)


1. Na oração “A mim, contaram-me o seguinte” (1º §), a repetição do pronome de 1ª pessoa do singular constitui:

a) um descuido de estilo do autor, gramaticalmente incorreto.

b) um recurso discursivo para chamar a atenção do leitor para a história a ser narrada.

c) um expediente literário para dar início a uma narrativa.

d) uma redundância enfática comum a textos literários.

e) um pleonasmo estilisticamente indispensável.


2. No fragmento “a Lua estava não só muito pálida, como envolta num permanente halo de tristeza” (2º §), as duas orações foram estruturadas pelo processo de:

a) correlação, em sentido aditivo.

b) subordinação, em sentido temporal.

c) coordenação, em sentido alternativo.

d) correlação, em sentido adversativo.

e) coordenação, em sentido conformativo.

 

3. O sinal de pontuação dois pontos empregado no fragmento “que não havia como duvidar: a Lua estava pura e simplesmente apaixonada” (2º §) exprime um(a):

a) citação.

b) enumeração.

c) esclarecimento.

d) descrição.

e) fala em discurso direto.


4. O fragmento “um grupo de bons e velhos sábios, de mãos enferrujadas, rostos cheios de rugas e pequenos olhos sorridentes” (1º §), do ponto de vista da tipologia textual, tem predominantemente características:

a) narrativas.

b) descritivas.

c) argumentativas.

d) injuntivas.

e) dissertativas.


5. Na expressão “bons e velhos sábios”, classificam-se como adjetivos os vocábulos “bons” e “velhos”, e como substantivo o vocábulo “sábios”. Das opções abaixo, aquela em que o vocábulo “sábio” foi empregado como adjetivo, e não como substantivo, é:

a) Só havia um sábio na turma de velhos.

b) Só um sábio muito inteligente resolveria o problema.

c) Era um velho muito sábio.

d) O verdadeiro sábio sabe que nada sabe.

e) Ser um velho, sendo um sábio, é uma bênção.


6. “E que mirava o Mundo com olhos de um tal langor e dava tão fundos suspiros – ela que por milênios mantivera a mais virginal reserva – que não havia como duvidar” (2º §). Considerando-se o contexto em que estão sendo usados no fragmento transcrito acima, a opção em que os três conectivos sublinhados estão, respectivamente, classificados de forma correta é: 

a) conjunção subordinativa causal / conjunção subordinativa integrante / pronome relativo.

b) conjunção coordenativa explicativa / conjunção subordinativa concessiva / conjunção subordinativa integrante. 

c) pronome relativo / conjunção coordenativa conclusiva / conjunção subordinativa integrante. 

d) conjunção subordinativa comparativa / conjunção subordinativa consecutiva / conjunção coordenativa explicativa. 

e) conjunção subordinativa integrante / pronome relativo / conjunção subordinativa consecutiva. 


7. No fragmento “podendo mesmo chegar a dançar rodas e sarabandas” (3º §), o advérbio sublinhado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por todos os abaixo relacionados, EXCETO por: 

a) debalde. 

b) também. 

c) ainda. 

d) até. 

e) inclusive. 


8. O texto narra o esforço de anciãos no sentido de explicar a razão da palidez crescente da Lua. "Depois de muito estudar e contemplar a Lua, chegaram à conclusão de que a Lua estava apaixonada pelo Mundo". Trata-se, portanto, de uma narrativa alegórica, pois os fatos, os pensamentos, as conclusões estão representados de forma figurada. Nesse sentido, pode-se afirmar que a figura de linguagem que melhor define essa alegoria é a: 

a) metonímia. 

b) hipérbole. 

c) personificação. 

d) catacrese. 

e) antítese. 



Charges para Interpretação - Ensino Médio

 Leia o Texto para responder às questões 01 e 02. 1.  Da leitura da linguagem verbal e não verbal, infere-se que o objetivo da charge é: a) ...