Gênero Textual: Música - Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores



Pra não dizer que não falei das flores  

1 Caminhando e cantando         

2 E seguindo a canção, 

3 Somos todos iguais, 

4 Braços dados ou não, 

5 Nas escolas, nas ruas, 

6 Campos, construções, 

7 Caminhando e cantando 

8 E seguindo a canção. 


9 Vem, vamos embora, 

10 Que esperar não é saber, 

11 Quem sabe faz a hora, 

12 Não espera acontecer. 

13 Vem, vamos embora, 

14 Que esperar não é saber, 

15 Quem sabe faz a hora, 

16 Não espera acontecer. 


17 Pelos campos há fome 

18 Em grandes plantações, 

19 Pelas ruas marchando 

20 Indecisos cordões 

21 Ainda fazem da flor 

22 Seu mais forte refrão 

23 E acreditam nas flores 

24 Vencendo o canhão. 


24 Refrão 


25 Há soldados armados, 

26 Amados ou não, 

27 Quase todos perdidos 

28 De armas na mão. 

29 Nos quartéis lhes ensinam 

30 Uma antiga lição 

31 De morrer pela pátria 

32 E viver sem razão. 


33 Refrão 

(Geraldo Vandré)


1.  A voz poética, nesse poema-canção, 

a) condena os soldados por cumprirem ordens governamentais. 

b) conclama as pessoas à luta, em busca de seus direitos e de um país melhor. 

c) revela-se contraditória ao desejo de reverter a situação do país. 

d) considera a falta de objetivo dos que protestam. 



Aprenda a chamar a polícia 

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. 

Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.

 Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço. 

 Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. 

 Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. 

Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para essas situações. O tiro fez um estrago danado no cara! 

Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo. 

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia. 

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: 

− Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: 

− Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

 (Luís Fernando Veríssimo)


2. Assinale a alternativa CORRETA para a interpretação de texto. 

I- O texto aponta que o homem teve que matar o ladrão para a polícia prestar atendimento. 

II- O texto demonstra que, o homem ficou calmo, no momento do assalto, pensando numa estratégia de convencimento para chamar a polícia. 

III- O narrador aponta que a casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, mas estava preocupado, pois não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente. 

a) Somente I, e III, estão corretas. 

b) Somente II e III, estão corretas. 

c) Todas estão corretas. 

 

3. Na frase a seguir retirado do texto: 

“ Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: ” 

Os verbos sublinhados correspondem ao: 

a) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo – Pretérito imperfeito do indicativo. 

b) Pretérito Perfeito do indicativo - Pretérito Perfeito do indicativo. 

c) Presente do indicativo - Futuro do Presente do indicativo. 


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