Monumento a Machado de Assis
A propósito do cinquentenário da morte de Machado de Assis surgiu ou ressurgiu a proposta de erigir no Rio de Janeiro um monumento ao maior escritor brasileiro. Não é má essa ideia. Mas, em geral, a utilidade das estátuas em praça pública é reduzida. Poucos transeuntes lhes prestam atenção. Tanto mais se ocupa com os monumentos a chuva, que gosta de comer o nariz dos grandes homens de pedra.
Melhor do que em pedra sobrevivem os grandes escritores através das sucessivas interpretações que sempre lhes mantêm viva a obra. Para os brasileiros, Machado é aquilo que é Dante para os italianos, Cervantes para os espanhóis, Shakespeare para os ingleses, Goethe para os alemães: um assunto inesgotável.
(Otto Maria Carpeaux)
1. No texto, o autor sugere que:
a) Machado de Assis deveria ser homenageado com o nome de uma via pública e não por meio de algo perecível como uma estátua.
b) o repetido esforço de interpretação de uma obra é mais benéfico para sua memória do que um monumento erguido em homenagem a seu autor.
c) lugares que apresentam excesso de umidade não deveriam receber estátuas, pois ao serem corroídas pela chuva ficam irreconhecíveis para os passantes.
d) o projeto de se homenagear Machado de Assis por meio de uma estátua em praça pública jamais seria concretizado, por problemas de verba.
e) Machado de Assis, apesar de ser o maior escritor brasileiro, não atinge o reconhecimento de escritores internacionais como Goethe, Dante e Cervantes.
2. ... surgiu ou ressurgiu a proposta de erigir no Rio de Janeiro um monumento ao maior escritor brasileiro. Mantendo-se o sentido original, o termo grifado acima pode ser substituído por:
a) atribuir.
b) homenagear.
c) conceder.
d) levantar.
e) inaugurar.
3. (...) que gosta de comer o nariz dos grandes homens de pedra. Os elementos grifados acima:
a) estão empregados em sentido figurado.
b) causam uma ambiguidade na frase.
c) enfatizam o caráter duradouro dos monumentos.
d) comprovam que estátuas são admiráveis.
e) estão empregados de modo inadequado.
4. Para os brasileiros, Machado é aquilo que é Dante para os italianos, Cervantes para os espanhóis, Shakespeare para os ingleses, Goethe para os alemães: um assunto inesgotável. Na frase acima, os dois pontos introduzem uma:
a) ressalva.
b) hesitação.
c) explicação.
d) divagação.
e) citação